Amar
Uma palavra tão pequena,
Mas com um significado tão profundo
Uma palavra tão simples
Mas que pode ao mesmo tempo
Machucar e trazer alegrias
Eu me questiono as vezes se eu a entendo
se eu ja a senti ou se tudo não passa de ilusões pregadas pela minha mente
Será que eu amo meus pais, familia e amigos,
ou é apenas amor por obrigação
porque não ter quem eu queira pra amar?
Já gostei de várias mulheres...
Me relacionei com algumas e outras ficaram apenas na troca de olhares...
Será que já cheguei realmente a amar alguma delas, eu me pergunto.
Ou foi apenas carência do momento?
Uma paixão louca e desenfreada que eu achava que era amor?
O que é amar?
Não sei se sei e não sei se algum dia saberei...
Os dias passam rápidos e silenciosos
como um raio cortando os céus numa noite chuvosa
E a cada dia me sinto mais velho,
e a sabedoria aparece não acompanhar o ritmo do meu corpo
Talvez seja minha sina carregar esse fardo pro resto da vida...
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
domingo, 2 de agosto de 2009
A Chuva
Não sei porque, mas toda vez que a chuva cai eu transbordo de alegria
Minha pele se arrepia e penso estar correndo por campos verdes e infinitos...
Uma bela música celta de fundo acompanha minha trajetoria
Corro sem rumo e com a felicidade estampada no rosto
Sem saber o que encontrar na frente
Sem se importar com o que vem pela frente
No final das contas o que importa é a felicidade
e a liberdade que eu sinto neste breve devaneio
Minha pele se arrepia e penso estar correndo por campos verdes e infinitos...
Uma bela música celta de fundo acompanha minha trajetoria
Corro sem rumo e com a felicidade estampada no rosto
Sem saber o que encontrar na frente
Sem se importar com o que vem pela frente
No final das contas o que importa é a felicidade
e a liberdade que eu sinto neste breve devaneio
terça-feira, 29 de abril de 2008
A Novidade
A falta do que fazer gera textos como esse ai :P
Caio e Fernando eram dois amigos de longa data que trabalharam juntos num Banco durante 10 anos. Mas Caio acabou recebendo uma ótima proposta de um Banco em outro estado e saiu de lá. Já fazia mais de um ano que eles não se viam. Mas numa bela tarde de sexta quando Fernando estava no supermercado fazendo algumas compras que sua mulher o havia forçado a fazer, viu Caio andando com um carrinho a umas cinco sessões a sua frente.
- Caio seu filho da mãe – gritou Fernando com um sorriso no rosto, atraindo para si todos os olhares do supermercado que estavam por ali – O que você está fazendo por aqui e porque não me ligou caralho?
- Puta que pariu – gritou Caio. E dessa vez os olhares assustados das pessoas que estavam por ali se viraram para ele. – Caio seu desgraçado, que bom te ver - Um dos homens que assistia a cena falou algo quase inaudível que soou como: Que povo maluco! Alguns mantiveram essa frase como pensamento. E outros, como uma senhora de idade apenas se viraram e continuaram com suas compras.
Depois de se aproximarem um do outro a conversa continuou, mas dessa vez num tom um pouco mais baixo.
- Pô cara, é muito bom te rever – falou Fernando com outro sorriso – Mas porque você não me ligou avisando que vinha pra cá?
- Cara, eu cheguei praticamente agora. Vim porque a Clarinha precisava resolver umas pendências. Ai eu deixei as coisas na casa da sogra e vim aqui fazer umas compras pro jantar. Ia te ligar assim que chegasse em casa. Mas já vou embora amanha. Pegar no pesado na segunda. Cê sabe, né
- Sei, sei. Mas e as novas? Como anda o trabalho?
- Cara, ta tudo tranqüilo por lá. Muito bom o ambiente de trabalho do Banco de lá. Já me adaptei e agora é que o negocio ta começando a andar a passos largos.
- Entendo. Que bom que ta dando tudo certo pra você. Eu lembro que você saiu daqui meio que preocupado, né?
- Foi, cara. Cidade nova, casa nova. É meio complicado. Cê sabe?
- Sei, sei.
- Mas e as novas aqui? Ta tudo na mesma lá no Banco?
- Bicho, continua mesma coisa de sempre lá no Banco. Mas tu num vai acreditar no que aconteceu – falou Fernando com uma cara de espanto.
- Como assim eu não vou acreditar – disse Caio que começava a ficar preocupado.
- Putz, cara. É melhor nem te contar, porque você não vai acreditar mesmo. É muito sem noção.
- Porra cara, você ta começando a me deixar preocupado, Fernão. Falo logo, cacete. Alguém do banco morreu, foi despedido. Desembucha logo, homi – exclamou Caio.
- Nada cara. Isso até seria normal. Mas o que aconteceu é muito mais impressionante do que isso.
- Porra, cara. Cê quer me matar de curiosidade mesmo é, caralho?
- Mas é porque é muito impressionante.
- Sua mulher pegou uma doença grave? Seu filho?
- Pô, Caio, vira essa boca pra lá. Mas se qualquer forma isso ainda seria normal pra o que aconteceu.
- Ah, bicho vai tomar nesse teu rabo ou então fala logo que eu não agüento mais esse suspense – falou Caio, começando a ficar irritado.
- Calma caramba. Vou contar então – disse Fernando - Caio não disse nada. Apenas ficou olhando pra ele, esperando a revelação daquela coisa que tinha acontecido.
- Sabe o Joilson que trabalhava como atendente de caixa lá no banco? Aquele gordão que mal conseguia andar.
- Sei, sei. Que tem ele? Ficou magro – Caio falou olhando com uma cara de espanto para Fernando.
- Nada cara. Muito pior.
-...
- Se lembra que ele era uma perna de pau do caralho naquela peladinha que tinha no clube todo domingo?
- Hum...
- Pois é, cara. E num é que semana passada ele fez um gol. E bonito, visse? Deu um chutão de fora da área e acertar o canto do gol.
-... – Caio continou calado, mas fez uma cara de espanto tão grande que parecia que seus olhos iam pular a qualquer momento do seu rosto.
Momentos de silêncio total se passaram até que Caio falou. Na verdade gritou:
- PUTA QUE PARIU - e novamente teve a atenção toda do supermercado centrada nele. E então continuou: – Isso é sério mesmo?
- É cara. Num to te falando. O filho da mãe do gordão fez um gol depois de 4 anos de existência da pelada. Os caras fizeram até uma placa e depois uma festa pra comemorar – nessa hora Caio caiu na gargalhada e logo em seguida Fernando.
- Porra, nunca imaginei isso na minha vida – exclamou Caio. Mas um dia tinha que acontecer, né?
- Pois é...
- Mas enfim, tenho que ir, porque se eu me demorar muito a muie vai pensar que eu to pulando a cerca – falou Caio dando um sorriso. Cê sabe como a Clarinha é. Ô mulher ciumenta.
- Beleza então, cara. Mas vamos marcar pra pelo menos tomar uma cervejinha amanha de manhã e botar o papo em dia. Eu levo Kátia junto pra fazer companhia a Clarinha.
- Vou falar com a Clarinha, mas acho que não vai ter muito problema não.
- Então ta. Até amanhã então. Eu te ligo mais tarde. E foi um prazer rever você, cara.
- Foi um prazer te rever também. Até amanha.
FIM
Caio e Fernando eram dois amigos de longa data que trabalharam juntos num Banco durante 10 anos. Mas Caio acabou recebendo uma ótima proposta de um Banco em outro estado e saiu de lá. Já fazia mais de um ano que eles não se viam. Mas numa bela tarde de sexta quando Fernando estava no supermercado fazendo algumas compras que sua mulher o havia forçado a fazer, viu Caio andando com um carrinho a umas cinco sessões a sua frente.
- Caio seu filho da mãe – gritou Fernando com um sorriso no rosto, atraindo para si todos os olhares do supermercado que estavam por ali – O que você está fazendo por aqui e porque não me ligou caralho?
- Puta que pariu – gritou Caio. E dessa vez os olhares assustados das pessoas que estavam por ali se viraram para ele. – Caio seu desgraçado, que bom te ver - Um dos homens que assistia a cena falou algo quase inaudível que soou como: Que povo maluco! Alguns mantiveram essa frase como pensamento. E outros, como uma senhora de idade apenas se viraram e continuaram com suas compras.
Depois de se aproximarem um do outro a conversa continuou, mas dessa vez num tom um pouco mais baixo.
- Pô cara, é muito bom te rever – falou Fernando com outro sorriso – Mas porque você não me ligou avisando que vinha pra cá?
- Cara, eu cheguei praticamente agora. Vim porque a Clarinha precisava resolver umas pendências. Ai eu deixei as coisas na casa da sogra e vim aqui fazer umas compras pro jantar. Ia te ligar assim que chegasse em casa. Mas já vou embora amanha. Pegar no pesado na segunda. Cê sabe, né
- Sei, sei. Mas e as novas? Como anda o trabalho?
- Cara, ta tudo tranqüilo por lá. Muito bom o ambiente de trabalho do Banco de lá. Já me adaptei e agora é que o negocio ta começando a andar a passos largos.
- Entendo. Que bom que ta dando tudo certo pra você. Eu lembro que você saiu daqui meio que preocupado, né?
- Foi, cara. Cidade nova, casa nova. É meio complicado. Cê sabe?
- Sei, sei.
- Mas e as novas aqui? Ta tudo na mesma lá no Banco?
- Bicho, continua mesma coisa de sempre lá no Banco. Mas tu num vai acreditar no que aconteceu – falou Fernando com uma cara de espanto.
- Como assim eu não vou acreditar – disse Caio que começava a ficar preocupado.
- Putz, cara. É melhor nem te contar, porque você não vai acreditar mesmo. É muito sem noção.
- Porra cara, você ta começando a me deixar preocupado, Fernão. Falo logo, cacete. Alguém do banco morreu, foi despedido. Desembucha logo, homi – exclamou Caio.
- Nada cara. Isso até seria normal. Mas o que aconteceu é muito mais impressionante do que isso.
- Porra, cara. Cê quer me matar de curiosidade mesmo é, caralho?
- Mas é porque é muito impressionante.
- Sua mulher pegou uma doença grave? Seu filho?
- Pô, Caio, vira essa boca pra lá. Mas se qualquer forma isso ainda seria normal pra o que aconteceu.
- Ah, bicho vai tomar nesse teu rabo ou então fala logo que eu não agüento mais esse suspense – falou Caio, começando a ficar irritado.
- Calma caramba. Vou contar então – disse Fernando - Caio não disse nada. Apenas ficou olhando pra ele, esperando a revelação daquela coisa que tinha acontecido.
- Sabe o Joilson que trabalhava como atendente de caixa lá no banco? Aquele gordão que mal conseguia andar.
- Sei, sei. Que tem ele? Ficou magro – Caio falou olhando com uma cara de espanto para Fernando.
- Nada cara. Muito pior.
-...
- Se lembra que ele era uma perna de pau do caralho naquela peladinha que tinha no clube todo domingo?
- Hum...
- Pois é, cara. E num é que semana passada ele fez um gol. E bonito, visse? Deu um chutão de fora da área e acertar o canto do gol.
-... – Caio continou calado, mas fez uma cara de espanto tão grande que parecia que seus olhos iam pular a qualquer momento do seu rosto.
Momentos de silêncio total se passaram até que Caio falou. Na verdade gritou:
- PUTA QUE PARIU - e novamente teve a atenção toda do supermercado centrada nele. E então continuou: – Isso é sério mesmo?
- É cara. Num to te falando. O filho da mãe do gordão fez um gol depois de 4 anos de existência da pelada. Os caras fizeram até uma placa e depois uma festa pra comemorar – nessa hora Caio caiu na gargalhada e logo em seguida Fernando.
- Porra, nunca imaginei isso na minha vida – exclamou Caio. Mas um dia tinha que acontecer, né?
- Pois é...
- Mas enfim, tenho que ir, porque se eu me demorar muito a muie vai pensar que eu to pulando a cerca – falou Caio dando um sorriso. Cê sabe como a Clarinha é. Ô mulher ciumenta.
- Beleza então, cara. Mas vamos marcar pra pelo menos tomar uma cervejinha amanha de manhã e botar o papo em dia. Eu levo Kátia junto pra fazer companhia a Clarinha.
- Vou falar com a Clarinha, mas acho que não vai ter muito problema não.
- Então ta. Até amanhã então. Eu te ligo mais tarde. E foi um prazer rever você, cara.
- Foi um prazer te rever também. Até amanha.
FIM
terça-feira, 22 de abril de 2008
Frase da semana (2)
"É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado." (Madre Teresa de Calcutá)
Muito interessante essa frase.
Muito interessante essa frase.
domingo, 20 de abril de 2008
Assassino à Solta
Conto originalmente publicado no Câmara dos Seis
Depois de anos finalmente Carlos pode comemorar seu primeiro final de semana em casa sozinho. Seus pais viajaram com seu irmão na quinta da manhã, e só voltariam no domingo a noite. A viagem de 8 horas era bem cansativa, então tinham que sair cedo pra usufruir o máximo. Eles iam aproveitar o feriadão pra fazerem mergulho. Era o passatempo preferido da familia. Sempre que podiam iam pra Capital só pra mergulharem, já que no interior isso era impossivel. Pedro, grande amigo da familia, depois ter ido uma vez e ter gostado, toda vez que tinha oportunidade ia junto com eles.
Carlos geralmente também ia, apesar de não gostar muito. Também ele não tinha muito o que fazer em casa sozinho. Mas agora que o namoro tava começando a esquentar, ele tinha motivos e decidiu ficar em casa mesmo. Ele e Ana tinham começado a transar havia mais ou menos duas semanas, depois de quase um ano de namoro. A moça tinha apenas 16 anos e até então era virgem. Mas depois de tanta insistência do namorado resolveu ceder ao seu pedido.
Os pais não gostaram muito da idéia de Carlos ficar em casa, mas não podiam fazer nada. Ele já tinha 20 anos e confiavam muito nele. “Não faça nenhuma besteira, Doutor Carlos” Essas foram as ultimas palavras do Senhor Luis, antes de pegarem a estrada. O pai de Carlos, sempre chamava ele de Doutor, já que em 3 anos ia se formar em medicina. Carlos só fez acenar um tchau e correu pra dentro de casa pra esperar a ligação da namorada.
Carlos tinha ligado pra Ana na quarta a noite, avisando da iminente viagem e queria que ela viesse passar o fim de semana com ele. Pediu pra ela estar até finalzinho da tarde, porque queria aproveitar o máximo. E também porque ele ia preparar o jantar. Ana disse que ia falar com o pai dela, dizendo que ia pra casa de sua melhor amiga. A Carol. Vez ou outra, elas revezavam passar o final de semana uma na casa da outra, então não seria problema.
Na sexta de manhã, pouco depois dos pais de Carlos viajarem, Ana ligou dizendo que estava tudo confirmado e que até as 18 horas estaria na casa de Carlos. Ele obviamente se animou todo e começou a fazer os preparativos para a primeira noite do feriadão.
Pouco depois do almoço, Carlos foi no supermercado comprar os suprimentos para o jantar. Comprou tudo do bom do melhor. O melhor vinho, o melhor macarrão, o melhor molho... Queria que a noite fosse perfeita. E seria, se não fosse o assassino à solta.
As 18 em ponto, Ana chegou na casa de carlos. Ele tinha acabado de começar a preparar o jantar e pediu que ela esperasse na sala assistindo TV. Queria fazer surpresa sobre o que estava fazendo, mas o cheiro e a convivência com carlos, não deixaram mentir qual seria o menu do jantar. “Macarronada”. Foi o primeiro pensamento que ela teve. Deu uma risada pra si mesma e foi pra sala de TV. Ela colocou na globo e começou a assistir a novela das 6.
Depois de 20 minutos o jantar ficou pronto. Eles foram pra mesa de jantar, mas a TV continuou ligada. Pouco antes de acabarem de jantar, soou aquela velha e conhecida musiquinha do plantão da globo. Ana já era assustada com essas coisas e foi logo correndo pra frente da TV pra ver o que tinha acontecido. Carlos nem ligou, mas acompanhou a namorada.
“Assassino local foge da prisão, deixando duas pessoas mortas e outras 3 feridas. Umas delas ja foi encaminhada pra o hospital com hemorragia interna. As outras duas tiveram ferimentos leves e foram medicadas no local. João das facas, como é conhecido nas redondezas, por usar-se apenas de facas para matar suas vitimas, já cometeu vários crimes graves, e cumpria 30 anos de prisão. Ninguém sabe como ele conseguiu escapar. Um dos policiais afirmou que João tinha contato com um dos guardas na prisão, e que depois do toque recolher, ele devia ter entregado a chave para João. Pois não se via nenhum sinal de arrombamento. Por enquanto só são especulações, mas o delegado local já começou uma investigação interna para apurar o ocorrido. Mais informações sobre o caso, logo após a novela das 7 no Jornal Nacional. Agora cotinuemos com a programação normal”.
1 minuto depois que acabou a manchete, Ana ainda estava de boca aberta, totalmente atônita. Carlos tentou acalmá-la dizendo que em pouco tempo o tal assassino seria preso novamente. Mas Ana não acreditou muito. Ou não acreditou em nada, porque logo depois pediu pra Carlos deixá-la em casa. Estava muito assustada e no momento preferia ficar com os pais. Carlos se aborreceu, mas conversou na boa com ela. Depois de uns 20 minutos, Carlos finalmente conseguiu convecer Ana a ficar. Mas ela disse logo que não rolaria nada está noite. Não tinha clima. “Lá se foi meu feriadão”, pensou Carlos. Mas amanhã seria um outro dia e quem sabe, ou guardas já tivessem preso o assasino. Ou simplesmente ela ja estivesse mais calma.
As 22 horas logo após o final da novela das 8, eles foram dormir. O clima tava pesado e Carlos não via a hora daquela noite acabar logo.
Lá pra meia noite, Ana acordou com um pulo da cama, por causa de um barulho que parecia vir da porta principal. O barulho não era “Toc”, “Toc”. Era “PA!!!”, “PA!!!”. Como se tivessem tentando arrombar a porta. Entre os “PA!!!” “PA!!!” podia se ouvir uma pessoa com uma voz rouca falando. As palavras soavam praticamente inaudiveis.
Ana começou a cutucar Carlos e depois de umas boas cutudas, quase derrubando o garoto da cama, ele acordou. “O que é?” ele perguntou furioso. “Shiii. Tem alguém tentando arrombar a casa. Acho que é o tal assasino que apareceu no jornal”. Nessa hora o barulho tinha cessado. “Não estou ouvindo nada mulher”, Carlos falou novamente furioso e virou-se pro lado tentando voltar a dormir. Antes de Ana começar a cutucar novamente, os barulhos voltaram, agora mais altos. Dessa vez quem deu um pulo da cama foi Carlos. “Eu num disse”. “Eu num disse”. Foi só o que Ana conseguia falar toda se tremendo de baixo dos lençois.
Carlos por um momento pareceu estar em estado catatônico e precisou levar um tapa no braço pra voltar a realidade. Ele não sabia o que pensar. Não sabia o que fazer. Tinha uma porra de um assassino sanguinário na frente de sua casa, prestes a invadi-lá e matar os moradores. No caso eles.
“Faça algu..” Ana foi impedida por Carlos com uma mão na sua boca, depois de ver que o barulho havia cessado novamente. “Shiii”, foi só o que ele disse.
As batidas agora eram na janela no quarto Carlos. Mais furiosas do que nunca. A voz também havia retornado. Mas ainda praticamente inaudivel. Carlos ja estava se encaminhando pra sala, pra ligar pra policia, quando ouviu as batidas no quarto de seus pais. O quarto que ele estava com Ana, e que tinha acabado de deixar ela lá. Dessa vez Ana não aguentou e começou a gritar. Isso já era demais pra ela. “Socorro!! Não me mate, por favor. Eu tenho apenas de 16 anos. Tenho muito que viver ainda”. Carlos correu pro quarto pra ver o que tinha ocorrido. Ana estava encolhida na parede se tremendo. Se tremia tanto que parecia uma batedeira. O homem começou a falar novamente. Mas só o que Carlos ouviu graças a gritaria de ana foi a palavra “Matar”. Se não bastasse toda aquela situação, em que o pior não podia acontecer.... Uma pedra é atirada contra a janela de vidro do quarto. Os gritos agora eram mais altos do que nunca.
O homem começou a subir a janela do quarto escuro, retirando os pedaços de vidro que ainda restavam na janela. Ele tentava falar alguma coisa, mas as palavras se perdiam no meio das de Ana. Dessa vez Carlos não viu saida. Ou fazia alguma coisa ou morria. Pegou uma pedra de cristal que sua mãe tanto gostava, da cabeceira da cama e atirou em direção a janela. O homem “sem face”, pois devido a escuridão e a fraca luz da lua, era impossivel reconhecê-lo, foi surpreeendido com uma pedra bem no meio da sua testa. Ele desabou na hora. Nem se Carlos tivesse mirado, ele tinha acertado naquele lugar. Ana começara a se levantar, mas ainda estava muito assustada.
Rapidamente Carlos foi acender a luz pra ver a cara do safado do assasino. “Te peguei otário”, ele falou com voz de quem tinha acabado de vencer Gólias, ele sendo David. Mas para sua total supresa não era o assassino sanguinário que estava no seu quarto. Não era o João das Facas. E sim o seu irmão que agora estava estirado inconsciente no chão. Ele soltou um “puta que pariu” e foi correndo ligar pra uma ambulância vir rapidamente. Ana sussurrou um “Meu Deus” totalmente chocada com a situação, e foi correndo pra ver como estava Bruno. Poucos minutos depois a ambulância chegou e foram pra hospital.
No outro dia no hospital, depois de Bruno ter sido devidamente medicado, foi explicada toda situação. Bruno levou apenas alguns pontos e em torno de algumas semanas estaria novinho em folha novamente.
Carlos falou da manchete do jornal, dizendo que um assasino perigoso estava solta e que por isso tinha agido daquela forma. Carlos não precisou perguntar a Bruno, porque ele não tinha falado em vez de ter arrombado a casa. Bruno que já estava com uma leve gripe, tinha piorado com a viagem e agora mal conseguiu falar. Ai, resolveu voltar pra casa aproveitando carona com Pedro, que teve que voltar as pressas pra resolver um problema urgente no trabalho.
FIM
Depois de anos finalmente Carlos pode comemorar seu primeiro final de semana em casa sozinho. Seus pais viajaram com seu irmão na quinta da manhã, e só voltariam no domingo a noite. A viagem de 8 horas era bem cansativa, então tinham que sair cedo pra usufruir o máximo. Eles iam aproveitar o feriadão pra fazerem mergulho. Era o passatempo preferido da familia. Sempre que podiam iam pra Capital só pra mergulharem, já que no interior isso era impossivel. Pedro, grande amigo da familia, depois ter ido uma vez e ter gostado, toda vez que tinha oportunidade ia junto com eles.
Carlos geralmente também ia, apesar de não gostar muito. Também ele não tinha muito o que fazer em casa sozinho. Mas agora que o namoro tava começando a esquentar, ele tinha motivos e decidiu ficar em casa mesmo. Ele e Ana tinham começado a transar havia mais ou menos duas semanas, depois de quase um ano de namoro. A moça tinha apenas 16 anos e até então era virgem. Mas depois de tanta insistência do namorado resolveu ceder ao seu pedido.
Os pais não gostaram muito da idéia de Carlos ficar em casa, mas não podiam fazer nada. Ele já tinha 20 anos e confiavam muito nele. “Não faça nenhuma besteira, Doutor Carlos” Essas foram as ultimas palavras do Senhor Luis, antes de pegarem a estrada. O pai de Carlos, sempre chamava ele de Doutor, já que em 3 anos ia se formar em medicina. Carlos só fez acenar um tchau e correu pra dentro de casa pra esperar a ligação da namorada.
Carlos tinha ligado pra Ana na quarta a noite, avisando da iminente viagem e queria que ela viesse passar o fim de semana com ele. Pediu pra ela estar até finalzinho da tarde, porque queria aproveitar o máximo. E também porque ele ia preparar o jantar. Ana disse que ia falar com o pai dela, dizendo que ia pra casa de sua melhor amiga. A Carol. Vez ou outra, elas revezavam passar o final de semana uma na casa da outra, então não seria problema.
Na sexta de manhã, pouco depois dos pais de Carlos viajarem, Ana ligou dizendo que estava tudo confirmado e que até as 18 horas estaria na casa de Carlos. Ele obviamente se animou todo e começou a fazer os preparativos para a primeira noite do feriadão.
Pouco depois do almoço, Carlos foi no supermercado comprar os suprimentos para o jantar. Comprou tudo do bom do melhor. O melhor vinho, o melhor macarrão, o melhor molho... Queria que a noite fosse perfeita. E seria, se não fosse o assassino à solta.
As 18 em ponto, Ana chegou na casa de carlos. Ele tinha acabado de começar a preparar o jantar e pediu que ela esperasse na sala assistindo TV. Queria fazer surpresa sobre o que estava fazendo, mas o cheiro e a convivência com carlos, não deixaram mentir qual seria o menu do jantar. “Macarronada”. Foi o primeiro pensamento que ela teve. Deu uma risada pra si mesma e foi pra sala de TV. Ela colocou na globo e começou a assistir a novela das 6.
Depois de 20 minutos o jantar ficou pronto. Eles foram pra mesa de jantar, mas a TV continuou ligada. Pouco antes de acabarem de jantar, soou aquela velha e conhecida musiquinha do plantão da globo. Ana já era assustada com essas coisas e foi logo correndo pra frente da TV pra ver o que tinha acontecido. Carlos nem ligou, mas acompanhou a namorada.
“Assassino local foge da prisão, deixando duas pessoas mortas e outras 3 feridas. Umas delas ja foi encaminhada pra o hospital com hemorragia interna. As outras duas tiveram ferimentos leves e foram medicadas no local. João das facas, como é conhecido nas redondezas, por usar-se apenas de facas para matar suas vitimas, já cometeu vários crimes graves, e cumpria 30 anos de prisão. Ninguém sabe como ele conseguiu escapar. Um dos policiais afirmou que João tinha contato com um dos guardas na prisão, e que depois do toque recolher, ele devia ter entregado a chave para João. Pois não se via nenhum sinal de arrombamento. Por enquanto só são especulações, mas o delegado local já começou uma investigação interna para apurar o ocorrido. Mais informações sobre o caso, logo após a novela das 7 no Jornal Nacional. Agora cotinuemos com a programação normal”.
1 minuto depois que acabou a manchete, Ana ainda estava de boca aberta, totalmente atônita. Carlos tentou acalmá-la dizendo que em pouco tempo o tal assassino seria preso novamente. Mas Ana não acreditou muito. Ou não acreditou em nada, porque logo depois pediu pra Carlos deixá-la em casa. Estava muito assustada e no momento preferia ficar com os pais. Carlos se aborreceu, mas conversou na boa com ela. Depois de uns 20 minutos, Carlos finalmente conseguiu convecer Ana a ficar. Mas ela disse logo que não rolaria nada está noite. Não tinha clima. “Lá se foi meu feriadão”, pensou Carlos. Mas amanhã seria um outro dia e quem sabe, ou guardas já tivessem preso o assasino. Ou simplesmente ela ja estivesse mais calma.
As 22 horas logo após o final da novela das 8, eles foram dormir. O clima tava pesado e Carlos não via a hora daquela noite acabar logo.
Lá pra meia noite, Ana acordou com um pulo da cama, por causa de um barulho que parecia vir da porta principal. O barulho não era “Toc”, “Toc”. Era “PA!!!”, “PA!!!”. Como se tivessem tentando arrombar a porta. Entre os “PA!!!” “PA!!!” podia se ouvir uma pessoa com uma voz rouca falando. As palavras soavam praticamente inaudiveis.
Ana começou a cutucar Carlos e depois de umas boas cutudas, quase derrubando o garoto da cama, ele acordou. “O que é?” ele perguntou furioso. “Shiii. Tem alguém tentando arrombar a casa. Acho que é o tal assasino que apareceu no jornal”. Nessa hora o barulho tinha cessado. “Não estou ouvindo nada mulher”, Carlos falou novamente furioso e virou-se pro lado tentando voltar a dormir. Antes de Ana começar a cutucar novamente, os barulhos voltaram, agora mais altos. Dessa vez quem deu um pulo da cama foi Carlos. “Eu num disse”. “Eu num disse”. Foi só o que Ana conseguia falar toda se tremendo de baixo dos lençois.
Carlos por um momento pareceu estar em estado catatônico e precisou levar um tapa no braço pra voltar a realidade. Ele não sabia o que pensar. Não sabia o que fazer. Tinha uma porra de um assassino sanguinário na frente de sua casa, prestes a invadi-lá e matar os moradores. No caso eles.
“Faça algu..” Ana foi impedida por Carlos com uma mão na sua boca, depois de ver que o barulho havia cessado novamente. “Shiii”, foi só o que ele disse.
As batidas agora eram na janela no quarto Carlos. Mais furiosas do que nunca. A voz também havia retornado. Mas ainda praticamente inaudivel. Carlos ja estava se encaminhando pra sala, pra ligar pra policia, quando ouviu as batidas no quarto de seus pais. O quarto que ele estava com Ana, e que tinha acabado de deixar ela lá. Dessa vez Ana não aguentou e começou a gritar. Isso já era demais pra ela. “Socorro!! Não me mate, por favor. Eu tenho apenas de 16 anos. Tenho muito que viver ainda”. Carlos correu pro quarto pra ver o que tinha ocorrido. Ana estava encolhida na parede se tremendo. Se tremia tanto que parecia uma batedeira. O homem começou a falar novamente. Mas só o que Carlos ouviu graças a gritaria de ana foi a palavra “Matar”. Se não bastasse toda aquela situação, em que o pior não podia acontecer.... Uma pedra é atirada contra a janela de vidro do quarto. Os gritos agora eram mais altos do que nunca.
O homem começou a subir a janela do quarto escuro, retirando os pedaços de vidro que ainda restavam na janela. Ele tentava falar alguma coisa, mas as palavras se perdiam no meio das de Ana. Dessa vez Carlos não viu saida. Ou fazia alguma coisa ou morria. Pegou uma pedra de cristal que sua mãe tanto gostava, da cabeceira da cama e atirou em direção a janela. O homem “sem face”, pois devido a escuridão e a fraca luz da lua, era impossivel reconhecê-lo, foi surpreeendido com uma pedra bem no meio da sua testa. Ele desabou na hora. Nem se Carlos tivesse mirado, ele tinha acertado naquele lugar. Ana começara a se levantar, mas ainda estava muito assustada.
Rapidamente Carlos foi acender a luz pra ver a cara do safado do assasino. “Te peguei otário”, ele falou com voz de quem tinha acabado de vencer Gólias, ele sendo David. Mas para sua total supresa não era o assassino sanguinário que estava no seu quarto. Não era o João das Facas. E sim o seu irmão que agora estava estirado inconsciente no chão. Ele soltou um “puta que pariu” e foi correndo ligar pra uma ambulância vir rapidamente. Ana sussurrou um “Meu Deus” totalmente chocada com a situação, e foi correndo pra ver como estava Bruno. Poucos minutos depois a ambulância chegou e foram pra hospital.
No outro dia no hospital, depois de Bruno ter sido devidamente medicado, foi explicada toda situação. Bruno levou apenas alguns pontos e em torno de algumas semanas estaria novinho em folha novamente.
Carlos falou da manchete do jornal, dizendo que um assasino perigoso estava solta e que por isso tinha agido daquela forma. Carlos não precisou perguntar a Bruno, porque ele não tinha falado em vez de ter arrombado a casa. Bruno que já estava com uma leve gripe, tinha piorado com a viagem e agora mal conseguiu falar. Ai, resolveu voltar pra casa aproveitando carona com Pedro, que teve que voltar as pressas pra resolver um problema urgente no trabalho.
FIM
Aluno é acusado de terrorismo por ameaçar matar Chuck Norris
E mais uma seção para o blog: Mondo Bizarro. Vou postar uma noticia que eu achar a mais bizarra pelo menos uma vez por semana. E a primeira:
Fonte: GLOBO.COM
O cara foi ameaçar logo o Chuck Norris de morte. PQP! Acho que o cara não deve ter lido as verdades sobre o Chuck Norris que circulam na internet. Ou então achou que era brincadeira :P
Um jovem de 16 anos de uma escola em Pennsauken, em Nova Jersey, parece ter esquecido o significado do ditado "Matar Chuck Norris não faz com que ele morra, só o deixa mais bravo". O garoto foi descoberto com uma lista de pessoas que ele supostamente tentaria matar e incluiu, além de três alunos e um funcionário da escola, o nome do ator norte-americano.
O jornal "Philadelphia Inquirer" informa que o adolescente foi enquadrado na política de "tolerância zero" da escola, que fez uma blitz nesta terça (8). Um porta-voz do colégio teria dito que "as crianças não vão tomar conta do prédio".
O garoto foi suspenso por "ameaças terroristas" e pode ser expulso. Segundo o jornal, a polícia não encontrou armas com ele.
Fonte: GLOBO.COM
O cara foi ameaçar logo o Chuck Norris de morte. PQP! Acho que o cara não deve ter lido as verdades sobre o Chuck Norris que circulam na internet. Ou então achou que era brincadeira :P
sábado, 19 de abril de 2008
Frase da semana (1)
Vou tentar colocar uma frase toda semana, na tentativa de movimentar um pouco mais esse blog.
E a primeira é:
Nota de aviso escrita pelo Mr. Doctor, quando ele estava a procura de membros para formar o Devil Doll.
Uma das melhores frases de todos os tempos, na minha opinião.
E a primeira é:
Um homem é o menos provavél de se tornar grande quanto mais ele for dominado pela razão: Poucos conseguem alcançar a grandeza - e nenhum na arte - se eles não são dominados pela ilusão.
Nota de aviso escrita pelo Mr. Doctor, quando ele estava a procura de membros para formar o Devil Doll.
Uma das melhores frases de todos os tempos, na minha opinião.
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