quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Fim do Mundo Como Você Nunca Imaginou Antes

São dezenas, talvez centenas as teorias criadas para um possível fim do mundo. Dizem que o mundo será destruído por um cometa, ou por maremotos, ou terremotos, furacões, desastres da natureza em geral. Ou mesmo até por guerras entre os homens, ou quem sabe num futuro muito distante as maquinas realmente tomem conta de tudo como no filme Exterminador do Futuro. Desastres nucleares, armas biológicas e um vírus letal que se espalha rapidamente pelo ar também são citados. Enfim, muitas e muitas teorias são criadas. Mas a que será contada a seguir está completamente fora dos padrões. Pelo menos nunca vi algo parecido até hoje.

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Lisa Misandro era aquela típica mãe dona de casa e estava entretida com seu assado de carne que preparava para o almoço, quando os acontecimentos mais estranhos daquele mundo começavam a acontecer na cidade de Cow’s Ville, no Canadá. Ela abriu o forno e o cheiro gostoso do assado invadiu a cozinha. Deu uma respirada funda para tentar inalar todo o vapor que saia, e pegou um garfo para ver como estava à consistência da carne. Assim que ela pegou o garfo, um pequeno tremor iniciou e suas porcelanas e as pratarias queridas, penduradas numa estante, tremiam e ameaçam cair a qualquer momento. Lisa se desesperou e começou a rezar para que o tremor parasse. Mas achou estranho, pois ali nunca tinha terremoto. Mas o que a preocupou mesmo era o tempo que ela não teria para tirar tanta coisa em cima das estantes, caso o tremor piorasse. Coisas que ela tinha desde o inicio do casamento há mais de 20 anos, e que ela prezava muito. As pratarias se salvariam, mas as porcelanas assim que caíssem no chão seriam impossíveis de serem reaproveitadas.

Todd, que tinha apenas 5 anos, brincava com um aviãozinho de madeira perto da janela da cozinha. Ele foi o primeiro naquela quadra a ver a causa do tremor. Todos pareciam estar preocupados com alguma coisa naquele momento. Ou em salvar alguma coisa de alguma possível quebra, em rezar para que tudo passasse ou apenas fazendo alguma coisa inútil como assistir algum programa de TV. Mas o que é que uma criança daquela idade tinha para se preocupar a não ser brincar com seu aviãozinho, ou para ver a estranha manada de vacas que invadia a cidade.

Mamãe, vacas, olha, exclamou Todd. Lisa ignorou seu filho de forma grosseira e como viu que o terremoto parecia aumentar, tratou de tentar salvar suas porcelanas. Mas já era tarde demais. Assim que ela colocou a mão no primeiro prato, o tremor aumentou furiosamente e os outros pratos, junto com xícaras e copos começaram a cair feito uma avalanche.

Mas mamãe, olha, tem um monte de vaquinhas na rua, ele tornou a dizer. Ela olhou para o pequeno Todd e dessa vez gritou de forma furiosa com seu filho: Eu quero lá saber da porra dessas vacas. Nessa hora um barulho infernal de mugidos de milhares de vacas invadiu a cidade explodindo as janelas das casas e tudo que fosse de vidro frágil. Lisa se arrepiou por completo e tentou ir em direção a janela para ver o que estava acontecendo, mas quando começou a andar, foi atingida na cabeça por um bule e desmaiou. O pequeno Todd estava sozinho em casa, porque seu pai estava no trabalho, e não imaginava nem de longe a confusão que estava metido. Alguns minutos depois Todd seria morto por atropelamento. O pandemônio estava apenas começando.

As milhares de vacas que vinham de todos os lugares invadiam a cidade de forma veloz e insana e por onde passavam destruíam tudo. O povo que circulava pela rua era atropelado e morto sem muitas chances. Os poucos que escapavam para dentro de casas e lojas eram rapidamente caçados pelas vacas. Sim, a inteligência das vacas parecia ter aumentado de forma gigantesca e pareciam também saber como os humanos viviam. Porque agora elas não apenas caçavam os que fugiam, mas também entravam na casa dos que nem tinham saído. Gritos de socorro, medo e dor ecoavam por todo canto da cidade se misturavam com o mugido insano das vacas, que entravam e saiam das casas com troféus humanos. Cabeças, braços e pernas eram decepados não apenas por atropelamento, mas também por suas bocas que mordiam furiosamente cada parte do corpo dos humanos.

Não demorou nem uma hora para que o jornal local transmite-se as noticias sobre o que chamariam de o “ataque das vacas loucas”. E também para o resto país e em muito pouco tempo para todo o mundo. Um helicóptero transmitia ao vivo de Cow’s Ville, a cidade com a maior criação de vacas do mundo, e possivelmente o foco inicial do ataque. Mostrava as cenas chocantes de milhares de vacas destruindo toda cidade e matando o povo que morava nela. E pelo que parecia não demoraria muito para aquela cidade sumir do mapa. A cidade que sentia o maior orgulhoso por ser conhecida pela imensa quantidade de vacas que tinha, ia ser mandada para fora do mapa exatamente por elas. Que ironia, hein? Uma semana depois, todos os canais estariam fora do ar, assim como toda a cidade. E as vacas iniciariam a debandada para outros locais.

Cow’s Ville não era o único lugar onde as vacas começaram a atacar. Outros ataques progressivamente começavam em todos os lugares no mundo que havia vacas. Muitas teorias começaram a ser criadas do porque as vacas estarem atacando alucinadas dessa forma. A que mais vingou foi a da famosa doença da vaca louca. Mas com pouco menos de um mês de testes numa vaca capturada pelo exercito, ela foi descartada. Não parecia ter nada a ver, apesar de ter sintomas parecidos. Ninguém realmente sabia por que as vacas estavam fazendo isso. Mas em pouco tempo isso não ia fazer a mínima falta.

Em Madrid na Espanha, um homem que devia ter seus 50 anos, com uma barba grande e preta e braços gordos, olhava incrédulo da sua varanda as milhares de vacas destruindo tudo no que passavam. Então ele viu uma delas parando, e por incrível que pareça, ele pensou, ela o olhou. E por incrível que pareça, ele pensou novamente, ela o olhou de forma maligna. E sem pestanejar arrombou a porta da casa e a invadiu. Santiago ficou muito intrigado e assustado com aquela história, mas achou por bem não facilitar. Pegou seu rifle que ficava guardado no seu armário, carregou e colocou algumas balas de reserva no bolso da calça. O barulho e a destruição já haviam começado na sua casa mesmo antes de ele começar a pegar o rifle.

Ele saiu do quarto em direção a escada sempre com o rifle apontado para frente e quando chegou lá deu de cara com a escada toda despedaça e vaca o encarando. Por certo ela tinha tentado subir, mas por causa do seu peso e tamanho não teve êxito e acabou por quebrar a escada. Santiago encarou a vaca mostrando seu rifle, e ela o encarou de volta e deu um mugido furioso como se dissesse: “Eu vou te pegar de qualquer jeito”. Ele obviamente não entendeu nada, mas não quis dar chance para ela. Então, mirou o rifle na cabeça dela e puxou o gatilho. A cabeça da vaca explodiu quase que instantaneamente e seus miolos se espalharam pelos destroços da casa.

Quem achou que Santiago se safaria dessa, estava muito enganado. Pouco antes de ele estourar os miolos da vaca “desgramenta”, outra apareceu, viu a cena e mugiu como se estivesse chamando as outras vacas. E realmente estava, porque logo em seguida um ataque maciço começou aos alicerces da casa que desabou em pouco tempo. Santiago morreu debaixo dos escombros.

O ataque na America do Sul começou em Goiás, na região centro-oeste do Brasil. As vacas fizeram questão de desviar do caminho quando notaram um casal tomando banho de cachoeira na Chapada dos Veadeiros. Elas cercaram a cachoeira e a invadiram por todos os lados. Gustavo só teve o tempo de gritar um “mas que porra é isso” e Lúcia, um grito de socorro em vão, quando elas partiram para cima deles. Depois disso, o resto das pessoas que estavam por ali e logo estariam em Goiânia,

Do outro lado do mundo, no interior da China, quando um monte de camponeses alegremente cultivavam suas plantações, entoando canções que seus avôs uma vez entoaram, foram pegos de surpresa pelas vacas loucas. Elas fizeram um grande circulo em volta deles, sem dar chance de escapatória, e depois avançaram furiosamente matando todos de forma fria e brutal. E assim foi em todos os cantos do mundo. África e Oceania com certeza não estariam imunes.

Os exércitos de todo mundo apesar de fortes e numerosos atacavam sem muito êxito. A quantidade de vacas no mundo parecia ter aumentado drasticamente. E a cada minuto, apareciam mais e mais, como se elas tivessem se multiplicando infinitamente. Agora sim o pandemônio estava feito.

Seis meses depois do inicio do ataque, as vacas tinham dominado toda a America do Sul e África. Um ano depois dominaram boa parte Europa e America do Norte que apesar de tudo ainda tinha a melhor defesa do mundo. Com menos de dois anos dominaram o resto do Europa e America do Norte e a maioria da Ásia. Até em locais que as vacas pareciam não existir, elas apareciam. Elas estavam em todo lugar - falavam até que era uma praga que Deus enviou por falta da gratidão dos humanos. E pareciam planejar tudo minuciosamente. Atacar e conquistar deviam ser o lema delas.

E não precisou mais que três anos para que o mundo fosse completamente dominado. Até os outros animais as vacas matavam. Cachorros, gatos, girafas. Nada escapava delas. Se alguém tivesse condições de olhar a terra por cima, veria uma imensidão de vacas no meio de escombros e corpos mutilados. Na verdade, só veria praticamente vacas. O resto, digamos assim, era realmente o resto.

Os poucos humanos que restavam viviam escondidos e assustados com medo das vacas assassinas, basicamente esperando a morte chegar. Porque se o exército que era muito poderoso não conseguiu vencê-las, como diabos um bando de refugiados ia conseguir? Na verdade, essa pergunta tinha se tornada supérflua ao longo dos meses e anos. Alguns simplesmente se matavam e os outros criavam falsas esperanças de que um dia eles iam matar todas aquelas vacas malditas e que pudessem viver uma vida normal novamente. Mas a pergunta que realmente ficava e que só se calou quando o ultimo humano deu seu ultimo suspiro, foi porque as vacas estavam agindo daquela forma. E é claro, nunca foi respondida.

FIM

4 comentários:

Anônimo disse...

mas que porra é isso?

Léo.

Daniel disse...

Um conto sobre o fim do mundo, ue heuahueuaeuh

Unknown disse...

Fui abduzido por elas a 5 meses. Quando voltava de viagem, fui abordado por um objeto não indentificado conhecido por 'Vacódromo' ou 'VacódromoVoador' (algo assim), mugidos e luzes pairavam sobre a escuridão. Fui pego na curva de uma depressão. Deprimido mesmo fiquei quando me puseram o curra-leito, onde passei por diversas experiências. Não basta causar o efeito estufa, elas querem mesmo é dominar o mundo!

Anônimo disse...

Eu acredito que as vaca irão dominar o mundo. Elas ficam paradas no pasto durante aquele tempo todo matutando uma forma eficiente de conquistar a Terra. Seu sistema de comunicação é telepático e muito superior ao nosso. Tenho um amigo que foi abduzido por elas.