terça-feira, 29 de abril de 2008

A Novidade

A falta do que fazer gera textos como esse ai :P

Caio e Fernando eram dois amigos de longa data que trabalharam juntos num Banco durante 10 anos. Mas Caio acabou recebendo uma ótima proposta de um Banco em outro estado e saiu de lá. Já fazia mais de um ano que eles não se viam. Mas numa bela tarde de sexta quando Fernando estava no supermercado fazendo algumas compras que sua mulher o havia forçado a fazer, viu Caio andando com um carrinho a umas cinco sessões a sua frente.

- Caio seu filho da mãe – gritou Fernando com um sorriso no rosto, atraindo para si todos os olhares do supermercado que estavam por ali – O que você está fazendo por aqui e porque não me ligou caralho?

- Puta que pariu – gritou Caio. E dessa vez os olhares assustados das pessoas que estavam por ali se viraram para ele. – Caio seu desgraçado, que bom te ver - Um dos homens que assistia a cena falou algo quase inaudível que soou como: Que povo maluco! Alguns mantiveram essa frase como pensamento. E outros, como uma senhora de idade apenas se viraram e continuaram com suas compras.

Depois de se aproximarem um do outro a conversa continuou, mas dessa vez num tom um pouco mais baixo.

- Pô cara, é muito bom te rever – falou Fernando com outro sorriso – Mas porque você não me ligou avisando que vinha pra cá?

- Cara, eu cheguei praticamente agora. Vim porque a Clarinha precisava resolver umas pendências. Ai eu deixei as coisas na casa da sogra e vim aqui fazer umas compras pro jantar. Ia te ligar assim que chegasse em casa. Mas já vou embora amanha. Pegar no pesado na segunda. Cê sabe, né

- Sei, sei. Mas e as novas? Como anda o trabalho?

- Cara, ta tudo tranqüilo por lá. Muito bom o ambiente de trabalho do Banco de lá. Já me adaptei e agora é que o negocio ta começando a andar a passos largos.

- Entendo. Que bom que ta dando tudo certo pra você. Eu lembro que você saiu daqui meio que preocupado, né?

- Foi, cara. Cidade nova, casa nova. É meio complicado. Cê sabe?

- Sei, sei.

- Mas e as novas aqui? Ta tudo na mesma lá no Banco?

- Bicho, continua mesma coisa de sempre lá no Banco. Mas tu num vai acreditar no que aconteceu – falou Fernando com uma cara de espanto.

- Como assim eu não vou acreditar – disse Caio que começava a ficar preocupado.

- Putz, cara. É melhor nem te contar, porque você não vai acreditar mesmo. É muito sem noção.

- Porra cara, você ta começando a me deixar preocupado, Fernão. Falo logo, cacete. Alguém do banco morreu, foi despedido. Desembucha logo, homi – exclamou Caio.

- Nada cara. Isso até seria normal. Mas o que aconteceu é muito mais impressionante do que isso.

- Porra, cara. Cê quer me matar de curiosidade mesmo é, caralho?

- Mas é porque é muito impressionante.

- Sua mulher pegou uma doença grave? Seu filho?

- Pô, Caio, vira essa boca pra lá. Mas se qualquer forma isso ainda seria normal pra o que aconteceu.

- Ah, bicho vai tomar nesse teu rabo ou então fala logo que eu não agüento mais esse suspense – falou Caio, começando a ficar irritado.

- Calma caramba. Vou contar então – disse Fernando - Caio não disse nada. Apenas ficou olhando pra ele, esperando a revelação daquela coisa que tinha acontecido.

- Sabe o Joilson que trabalhava como atendente de caixa lá no banco? Aquele gordão que mal conseguia andar.

- Sei, sei. Que tem ele? Ficou magro – Caio falou olhando com uma cara de espanto para Fernando.

- Nada cara. Muito pior.

-...

- Se lembra que ele era uma perna de pau do caralho naquela peladinha que tinha no clube todo domingo?

- Hum...

- Pois é, cara. E num é que semana passada ele fez um gol. E bonito, visse? Deu um chutão de fora da área e acertar o canto do gol.

-... – Caio continou calado, mas fez uma cara de espanto tão grande que parecia que seus olhos iam pular a qualquer momento do seu rosto.

Momentos de silêncio total se passaram até que Caio falou. Na verdade gritou:

- PUTA QUE PARIU - e novamente teve a atenção toda do supermercado centrada nele. E então continuou: – Isso é sério mesmo?

- É cara. Num to te falando. O filho da mãe do gordão fez um gol depois de 4 anos de existência da pelada. Os caras fizeram até uma placa e depois uma festa pra comemorar – nessa hora Caio caiu na gargalhada e logo em seguida Fernando.

- Porra, nunca imaginei isso na minha vida – exclamou Caio. Mas um dia tinha que acontecer, né?

- Pois é...

- Mas enfim, tenho que ir, porque se eu me demorar muito a muie vai pensar que eu to pulando a cerca – falou Caio dando um sorriso. Cê sabe como a Clarinha é. Ô mulher ciumenta.

- Beleza então, cara. Mas vamos marcar pra pelo menos tomar uma cervejinha amanha de manhã e botar o papo em dia. Eu levo Kátia junto pra fazer companhia a Clarinha.

- Vou falar com a Clarinha, mas acho que não vai ter muito problema não.

- Então ta. Até amanhã então. Eu te ligo mais tarde. E foi um prazer rever você, cara.

- Foi um prazer te rever também. Até amanha.

FIM

3 comentários:

Juli-Fox disse...

Bora brincar de atualizar??? huahuahuauh
bjaooooooo

Aline Melo disse...

poooooooooorra, Dani.. eu diquei curiosa, sabia? --'

Daniel disse...

Mas esse era o intuito :P =/