segunda-feira, 16 de abril de 2007

Neal Morse - It's Not Too Late


Grupo: Neal Morse
Álbum: It's Not Too Late
Ano: 2001
País: Estados Unidos
Gênero: Pop-rock blues

Neal Morse antes mesmo de sair do Spock’s Beard, e de lançar três excelentes álbuns progressivos em sua carreira solo, a saber: Testimony, One e Question Mark, lançou um álbum intitulado de It’s Not Too Late.

Esse álbum serve como uma compilação de musicas que o Neal Morse vem compondo desde 1982 (quando ele nem pensava em formar o Spock’s Beard junto com seu irmão, eu imagino), até o ano de lançamento do álbum que foi em 2001.

O álbum mostra um Neal Morse bem diferente do que se vê não somente no Spock’s Beard, mas também nos seus seguintes álbuns progressivos solo. Um cd que eu diria ser no estilo Neal Morse de fazer música boa. Um pop rock misturado com blues e talvez outros estilos que eu não consigo perceber, trazendo influências da década de 60 até hoje.

It’s Not Too Late, faixa de abertura do cd, é uma musica com uma letra bem positiva. Acho que o nome já entrega, né? E tem como base o piano. No final da musica tem uma Jam entre o Neal Morse e o Nick D’ Virgilio (baterista do Spock’s Beard). A segunda faixa é “Leah” de 1985, uma baladinha com base no piano, muito bonita e comovente, contando a historia de uma garotinha, - que da o titulo da canção - que foi abandonada pela mãe e agora só tem a companhia de um cara e um cachorro. "The Angels Will Remember", é bem no estilo de “Leah”. “So long Goodbye Blues” de 1983, é uma balada meio pop-blues com base no piano e com hammond e trompete. “Ain’t Seen Nothing Like Me” de 1996 é um blues tocado no violão. Um dos melhores que eu já ouvi.
Outra antiga e muito comovente é a “I Am Your Father” de 1982, que conta a historia das dificuldades do relacionamento de um garoto e seu pai que é militar. Talvez a mais triste junto com “The Eyes Of The World (George’s Song)” de 2001. Musica que o Neal Morse fez para um grande amigo seu que morreu. “Broken Homes de 1994” segue o padrão das anteriores, mas é tocada apenas no violão. “Oh Angie” de 1996, é uma musica mais rápida com base na guitarra e com um refrão muito grudento. Tem influencias claras da gloriosa década de 60. Talvez a minha preferida desse cd. Outras que seguem mais ou menos o mesmo padrão de “Oh Angie” são The Change de 1998, talvez a mais pop do cd e “All The Young Girls Cry” e Something Blue de 2000. E por fim The Wind and The Rain, com uma belíssima melodia calma e que fecha o cd com chave de ouro.

Neal Morse como ótimo multi-instrumentista que é, toca guitarra, violão, baixo, piano, hammond, percussão, bateria e ainda canta. Acho que é perda tempo comentar seu desempenho.
Nick D’ Virgilio, baterista do Spock’s Beard como já falado a cima, toca em todas as musicas exceto “I Am Your Father” que é tocada pela antiga banda do Neal Morse. Ele faz um trabalho realmente excelente mesmo pra musicas tão fáceis de serem executadas.

Esse álbum é pra se refletir e pra se alegrar. Esse não é um disco progressivo, muito pelo contrario. É um cd pop daqueles que podiam tocar tranquilamente na radio. Mas é definitivamente o melhor que eu já ouvi. U2, uma das maiores bandas pops da historia, nunca fará algo tão simples e tão maravilhoso quanto esse disco. E se alguém ainda tem duvidas que exista pop de qualidade é porque nunca ouviu esse cd do Neal Morse.

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