Como estamos na epoca do Natal, mais precisamente na vespera de natal, estou republicando este conto que escrevi há alguns meses.
FELIZ NATAL!
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Nem sempre Papai Noel foi uma lenda. Houve um tempo em que ele existia e todo ano no natal, como sempre foi falado, ele entregava presentes. Mas depois de vários incidentes na cidade de Chamiro, ele resolveu se aposentar e passou a ser realmente uma lenda. E essa história que será contada a seguir:
O natal estava chegando e provavelmente Luis não receberia presente do Papai Noel de novo naquele ano. Ele sempre tinha sido um menino mal. Batia nas crianças e destruia os brinquedos delas. Quebrava as janelas das casas. Matava os passarinhos com seu estilingue, espalhava o lixo pela calçada. Fazia todos os diversos tipos de maldades com os gatos e cachorros dos vizinhos, entre outras coisas. O menino era o cão em pessoa. Mas como a sua mãe era boazinha, se dava muito bem com a vizinhaça e acabava pagando o prejuizo das coisas quebradas, menos dos machucados que quase sempre os meninos tinham por causa dos murros de Luis, os vizinhos sempre davam um desconto. Mas eles não viam a hora que aquele “demoniozinho” saisse dali.
Na verdade Luís não ligava de não receber presentes, porque sempre acabava dando um jeito de conseguir o seu. É claro que roubando das outras crianças. Mas o que o deixava com o raiva, era a felicidade delas, que sempre recebiam um presente do Papai Noel no natal. Ele já estava cansado disso e ia armar um plano pra pegar Papai Noel. Pra fazer com que ele nunca mais pisasse naquela cidade. Este seria o ultimo natal que as que crianças receberiam presentes se dependesse dele.
Era noite de 24 de dezembro. Meia noite Papai Noel estaria chegando para deixar os presentes dos meninos que foram bons esse ano. O relógio batia dez horas da noite. Provavelmente todas as crianças do bairro já estavam dormindo. Os pais de Luís já estavam dormindo também, mas ele estava lá na sala, bem acordado e executando seu plano de espalhar armadilhas pela casa. “Mas peraí! Porque Luís espalharia armadilhas pela sua casa, já que Papai Noel não entraria nela, por ele ser um menino tão mal?” Com certeza é o que vocês devem estar se perguntando, não é? Desculpa. Falha minha em ter esquecido de dizer que ele tinha uma irmã menor, que era muito boazinha e que com certeza merecia ganhar um presente.
Pergunta respondida então voltemos a história.
Quando plantou todas as armadilhas o relógio marcava 11:30 e agora era só esperar o “maldito” chegar pra festa começar. E não esperou muito. Quando deu meia noite, lá estava Papai Noel sobreavoando a cidade no trenó com suas renas. Neste momento Luis estava a espreita na janela da sala e viu a chegada dele. Papai Noel pousou 4 casas antes da sua e começou a entregar os presentes. Luís foi conferir se estava tudo o.k. Poucos minutos depois Papai Noel estaria descendo a chaminé da sua casa. Quando ele ouviu o barulho no teto, foi se esconder atrás da parede que dividia a sala do corredor para as escadas. Papai Noel desceu a chaminé sem ter a minima idéia do que ia acontecer a seguir.
Na hora que Papai Noel desceu a chaminé, ele deu um grito alto e saiu saltitante, por causa da tábua de pregos que Luís tinha colocado dentro da chaminé. Mas ele não ficou pulando por muito tempo, porque logo depois que ele saiu da chaminé, ele levou um baita tombo, graças ao detergente que Luís tinha espalhado no chão sala. Com os pés furados e uma terrivél dor nas costas, Papai Noel seguiu em direção a árvore de natal para deixar o presente de Beatriz, a irmã de Luís. Luís continuava atrás da parede, se segurando para não rir.
Antes de Papai Noel chegar a árvore, ele se sentou no sofá para tirar o sapato que estava cheio de pregos, para dar uma olhada como estava seus pés, para descansar um pouco e pensar em quem estava fazendo aquilo. Depois de alguns minutos pensando, Só ele começou a perceber que o único que poderia estar fazendo aquilo, era aquele menino malvado daquela cidade, que ele sempre estava de olho. Olhou pra um lado, olhou para outro e não viu ninguém. Luís continuava no mesmo canto sem se mexer.
Quando foi se levantar do sofá, ele não conseguia. Estava preso. Ele estava tão aterrorizado com o que estava acontecendo que não tinha percebido que o sofá estava cheio de cola. Tentou com todas suas forças se desprender do sofá, mas mesmo assim não conseguiu e acabou rasgando sua calça. Era a única maneira de se descolar. E finalmente começou a andar em direção a árvore, sem calças e sem sapatos. Não tinha desistido ainda de entregar o presente de Beatriz. Mas como a luz da sala estava apagada e ela estava escura, não se tocou que o chão estava cheio de cacos de vidro. Quando pisou, deu um grito tão grande que acabou acordando o pai de Luís. Tomas acordou assustado. Foi andando cautelosamente até a escada e quando chegou lá perguntou se alguém se encontrava na casa. Não ouvia nenhuma voz em resposta e começou a descer as escadas com a mesma cautela que ele havia chegado nela.
Luís se assustou com a voz do pai e achou que seria o fim. Ele descobriria o que ele estava fazendo com Papai Noel e não tinha a minina idéia de qual o castigo ia levar. Mas não foi o que aconteceu. Assim que Tomas desceu metade da escada, viu seu filho estirado no chão como a mão no joelho. Ele ficou preocupado e perguntou se Luís estava. Luís disse que sim. Que apenas tinha escorregado no chão enquanto tentava chegar na cozinha pra beber água, mas estava tudo bem. Não havia motivos para preocupação. Relaxado, Tomas deu um beijo em Luís e subiu as escadas pra voltar a dormir. Apesar do menino ser traquino, Tomas gostava muito dele.
Luis deu um suspiro de alivio e voltou a prestar atenção na sala. Papai Noel por um instante tinha sumido e um “ah” de insatisfação saiu da sua boca. Mas logo depois viu que ele apenas estava atrás da árvore de natal. Provavelmente havia se escondido por causa de seu pai. Ainda tinha mais uma armadilha que ele achava que Papai Noel ia cair. E foi dito e feito.
Papai noel deixou o presente de Beatriz na árvore e como não tinha como sair pela chaminé por causa dos pregos, resolveu sair pela porta da frente. Quando chegou na porta notou que tinha um tapete na sua frente com os seguintes dizeres: “Adeus Papai Noel”. Papai Noel achou que seria mais uma armadilha e resolveu ligar a luz pra ver direitinho o que tinha naquele tapete. Mas quando acionou o interruptor levou um choque tão grande que fez seus cabelos e suas barbas ficarem em pé.
Aquilo era o fim pra Papai Noel. Ele não aguentava mais. Só queria ir pra embora daquela “maldita” cidade. Mas de fato realmente era o fim, porque as armadilhas tinham acabado e Papai Noel pelo jeito também. Luís ainda estava atrás da parede da sala se segurando pra não rir. Papai Noel mesmo achando que outra armadilha o esperava quando girasse a maçaneta da porta, resolveu tentar usá-la. Até porque uma armadilha mais e uma menos não iria mudar muita coisa. O importante era estar fora daquela casa. Girou a maçaneta e para sua surpresa nenhuma armadilha foi ativada. Finalmente estava fora daquela casa. E em alguns minutos fora daquela cidade que nunca mais pisaria. Talvez até se aposentasse logo e que se “dana-se” as crianças.
Quando Papai Noel deixou a casa, Luís soltou todo o riso que estava guardado acordando novamente seu pai, que perguntou furioso o que “diabos” ele ainda estava fazendo ali no corredor da escada. Luis não respondeu nada e foi correndo para o quarto ainda rindo muito. Tomas resolveu relevar a situação e tentar novamente voltar a dormir.
Depois desse dia o verdadeiro Papai Noel nunca mais entregou presente na sua vida. Tinha fechado a fábrica, mandado os duendes embora e agora passava os dias em casa. Sem se preocupar se seria atormentado por alguma criança no dia de natal. Uma vez bastava pra ele. Um senhor daquela idade não podia se arriscar daquela forma.
Papai Noel nunca arrumou um substituto, mas anos depois acabou ganhando vários, que na verdade eram os pais que não aguentavam mais verem seus filhos tristes porque Papai Noel não mais deixava presentes para eles. Depois pessoas começaram a ser contratadas como Papai Noel para tirarem fotos com as crianças em shoppings e em praças. E assim uma verdade se tornou lenda. Tudo por causa de um simples menino que não gostava de Papai Noel e do Natal.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
sexta-feira, 4 de maio de 2007
As vezes um não pode matar
Sabem a palavra insana que tem na descrição do blog? Pois é. Irei fazer juz a ela agora (MUAHAHAHHAHH - risada maléfica).
Márcio era o típico adolescente cheio de grana da cidade grande. Todo final de semana saia com seu Ford Fusion para azarar as gatinhas e beber com seus amigos. Além da grana, tinha uma aparência bonita que quase nenhuma mulher podia podia resistir. Mas Márcio tinha uma problema: por ser rico e bonito, ele não conseguia aceitar um não. E toda vez que alguma mulher lhe dizia um não acontecia um problema. Mas ele nunca tinha chegado tão longe quanto dessa vez.
Ele saiu de casa as 10 horas e marcou de se encontrar com os amigos em frente a boate. Chegando lá, abriu a mala do carro, ligou o sonzão - estava tocando uma música eletrónica qualquer - e começou a beber com os amigos. Mas dessa vez Márcio trazia uma surpresinha: tinha uma arma no porta-luvas do carro. Uma glock pra ser mais preciso. O pai acabara de comprar e ele resolveu "pegar" emprestado. E com certeza iria usá-la esta noite se alguma "vadia" lhe disse-se um não. E infelizmente ou não era o que estava prestes a acontecer.
Quando deu meia noite a galera resolveu entrar na boate. Márcio pediu que eles fossem na frente. Quando todos estavam estavam na boate, Márcio abriu o porta-luvas do carro, pegou a arma e colocou na sua cintura. Pra encobrir a arma ele vestiu uma jaqueta. Com tudo pronto, entrou dentro da boate.
Entrou na boate e passou tranquilamente pelos seguranças que nem revistaram ele. Márcio além de ser adepto frequente da boate conhecia o dono que era amigo de seu pai. Depois de encontrar os amigos - alguns deles já estavam azarando as menininhas -foi para o bar comprar alguma bebida. Pediu uma dose de whiskey e foi pra pista de dança. Em menos de uma hora já tinha ficado com 2 garotas. O negócio estava começando a ficar bom.
Já tinha ficado com seis quando ele retornou ao bar pra reabastecer. Pediu outra dose de whiskey e ficou sentado olhando o movimento. Quando de repente chegou uma mulher perto dele pra pedir alguma coisa no bar. Era uma galega daquelas de parar o transito. Tinha seus 20 e poucos anos. Quando ela estava saindo com um copo de caipirinha, ele a tocou no braço e foi logo dando um oi. Ela ficou meio assustada no começo, mas depois viu que Márcio parecia ser simpático e resolveu ver qual era a dele.
Papo vai papo vem e resolveram ir dançar. Dançaram umas 3 músicas e Márcio resolveu atacar. Começou a elogia-la, falando da sua beleza e que estava maluco para dar uns beijos nela. Márcio nunca precisava fazer esforço pra ficar com alguem. Mas dessa vez era diferente. A garota começou a falar que não queria ficar com ninguem, apesar dele ser bonito e simpático. Que estava ali só pra curtir a noite dançando. Mas Márcio não conseguia aceitar aquilo.
Depois de uns 15 minutos tentando, ele perdeu a paciência e puxou ela em direção a saída da boate. Ela tentou se soltar dele, mas quando ele mostrou a arma, ela apenas fez o que ele estava mandando e se deixou ser puxada. Quando sairam da boate. Ele abriu o carro e a empurrou para dentro do carro. O lado de fora da boate estava quase que totalmente vazio. Eram 3 da manhã. E as pessoas que estavam alí, pareciam estar ocupadas demais para se preocupar com Márcio e sua vítima.
Andou por mais de meia hora até chegar a um canto remoto. Não nada além de mato. Nesse meio tempo, A garota chorava pedindo que ela não a mata-se, que ela ficava com ele, transava com ele. Faria qualquer coisa para viver. E ele acabou por "aceitando" a proposta dela. Transaram ali mesmo no carro, naquele canto remoto, por umas meia hora. Depois de vestir as roupas e parecer satisfeito Márcio pediu começou a agir simpaticamente com a menina.
Ficaram conversando num clima alegre por uns 15 minutos. Ela acabou dizendo que gostou e que tinha se arrependido de ter dito não pra ele lá na boate. As palavras soavam sinceras. Mas Márcio não ligava. Não gostava quando a garota transava a força. Ela ia pagar de todo o jeito. Então pediu para ela descer do carro. Não chegou a explicar porque. Ela não entendeu e ficou assustada. Mas ele falava tão docemente que ela resolveu ceder ao pedido.
Ambos deceram do carro. Ele foi para o lado dela e novamente ela perguntou o que tinha acontecido. Ele olhou para ela e disse: "Nenhuma garota me diz um não e sai ilesa". Ela fez uma cara de assustada, mas antes dela tentar algum tipo de reação, ele a puxou pelo braço, jogou-a no chão, puxou o revolver e descarregou o pente inteiro. Jogou a pistola no banco dianteiro de passageiro. Trancou a porta. Foi para o lado do motorista, entrou no carro, trancou a porta, ligou o carro e foi embora. Nem se deu o trabalho de enterrar o corpo nem nada. Simplesmente o deixou lá para quem quisesse achar.
FIM
O texto nem ficou como eu queria =/ Quem sabe da próxima vez =D
Márcio era o típico adolescente cheio de grana da cidade grande. Todo final de semana saia com seu Ford Fusion para azarar as gatinhas e beber com seus amigos. Além da grana, tinha uma aparência bonita que quase nenhuma mulher podia podia resistir. Mas Márcio tinha uma problema: por ser rico e bonito, ele não conseguia aceitar um não. E toda vez que alguma mulher lhe dizia um não acontecia um problema. Mas ele nunca tinha chegado tão longe quanto dessa vez.
Ele saiu de casa as 10 horas e marcou de se encontrar com os amigos em frente a boate. Chegando lá, abriu a mala do carro, ligou o sonzão - estava tocando uma música eletrónica qualquer - e começou a beber com os amigos. Mas dessa vez Márcio trazia uma surpresinha: tinha uma arma no porta-luvas do carro. Uma glock pra ser mais preciso. O pai acabara de comprar e ele resolveu "pegar" emprestado. E com certeza iria usá-la esta noite se alguma "vadia" lhe disse-se um não. E infelizmente ou não era o que estava prestes a acontecer.
Quando deu meia noite a galera resolveu entrar na boate. Márcio pediu que eles fossem na frente. Quando todos estavam estavam na boate, Márcio abriu o porta-luvas do carro, pegou a arma e colocou na sua cintura. Pra encobrir a arma ele vestiu uma jaqueta. Com tudo pronto, entrou dentro da boate.
Entrou na boate e passou tranquilamente pelos seguranças que nem revistaram ele. Márcio além de ser adepto frequente da boate conhecia o dono que era amigo de seu pai. Depois de encontrar os amigos - alguns deles já estavam azarando as menininhas -foi para o bar comprar alguma bebida. Pediu uma dose de whiskey e foi pra pista de dança. Em menos de uma hora já tinha ficado com 2 garotas. O negócio estava começando a ficar bom.
Já tinha ficado com seis quando ele retornou ao bar pra reabastecer. Pediu outra dose de whiskey e ficou sentado olhando o movimento. Quando de repente chegou uma mulher perto dele pra pedir alguma coisa no bar. Era uma galega daquelas de parar o transito. Tinha seus 20 e poucos anos. Quando ela estava saindo com um copo de caipirinha, ele a tocou no braço e foi logo dando um oi. Ela ficou meio assustada no começo, mas depois viu que Márcio parecia ser simpático e resolveu ver qual era a dele.
Papo vai papo vem e resolveram ir dançar. Dançaram umas 3 músicas e Márcio resolveu atacar. Começou a elogia-la, falando da sua beleza e que estava maluco para dar uns beijos nela. Márcio nunca precisava fazer esforço pra ficar com alguem. Mas dessa vez era diferente. A garota começou a falar que não queria ficar com ninguem, apesar dele ser bonito e simpático. Que estava ali só pra curtir a noite dançando. Mas Márcio não conseguia aceitar aquilo.
Depois de uns 15 minutos tentando, ele perdeu a paciência e puxou ela em direção a saída da boate. Ela tentou se soltar dele, mas quando ele mostrou a arma, ela apenas fez o que ele estava mandando e se deixou ser puxada. Quando sairam da boate. Ele abriu o carro e a empurrou para dentro do carro. O lado de fora da boate estava quase que totalmente vazio. Eram 3 da manhã. E as pessoas que estavam alí, pareciam estar ocupadas demais para se preocupar com Márcio e sua vítima.
Andou por mais de meia hora até chegar a um canto remoto. Não nada além de mato. Nesse meio tempo, A garota chorava pedindo que ela não a mata-se, que ela ficava com ele, transava com ele. Faria qualquer coisa para viver. E ele acabou por "aceitando" a proposta dela. Transaram ali mesmo no carro, naquele canto remoto, por umas meia hora. Depois de vestir as roupas e parecer satisfeito Márcio pediu começou a agir simpaticamente com a menina.
Ficaram conversando num clima alegre por uns 15 minutos. Ela acabou dizendo que gostou e que tinha se arrependido de ter dito não pra ele lá na boate. As palavras soavam sinceras. Mas Márcio não ligava. Não gostava quando a garota transava a força. Ela ia pagar de todo o jeito. Então pediu para ela descer do carro. Não chegou a explicar porque. Ela não entendeu e ficou assustada. Mas ele falava tão docemente que ela resolveu ceder ao pedido.
Ambos deceram do carro. Ele foi para o lado dela e novamente ela perguntou o que tinha acontecido. Ele olhou para ela e disse: "Nenhuma garota me diz um não e sai ilesa". Ela fez uma cara de assustada, mas antes dela tentar algum tipo de reação, ele a puxou pelo braço, jogou-a no chão, puxou o revolver e descarregou o pente inteiro. Jogou a pistola no banco dianteiro de passageiro. Trancou a porta. Foi para o lado do motorista, entrou no carro, trancou a porta, ligou o carro e foi embora. Nem se deu o trabalho de enterrar o corpo nem nada. Simplesmente o deixou lá para quem quisesse achar.
FIM
O texto nem ficou como eu queria =/ Quem sabe da próxima vez =D
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Coisas de última hora
É fato que coisas de última hora nunca dão certo, ou dão certo, mas sempre temos alguns problemas. E lá vai um caso que aconteceu comigo recentemente.
Cá estava eu tranquilo no meu computador, batendo um papo no msn, olhando alguns sites na internet e ouvindo música. Quando recebo uma ligação do meu primo, pedindo pra eu ir com ele no Shopping Manaira a mando de seu pai, pra depositar um dinheiro pra pagar o imposto de renda da minha mãe. Como eu tinha que pagar o cartão da Riachuelo - já fazia dois meses que eu não pagava, e não aguentava mais as ligações dos atendentes "fdp" que semana após semana me ligavam pra eu pagar o maldito cartão - e como era uma coisa séria da minha mãe e como estava no último dia de pagamento, aceitei prontamente ir com ele fazer o depósito. Fui pegar ele e fomos para o shopping.
Chegando lá no shopping vimos que a fila da lotérica - local que tinha que ser depositado o dinheiro - estava enorme. Enorme meeeeeeeeesmo. Mas fazer o que né? O dinheiro tinha que ser depositado, se não "fudeu bahia" (não me perguntem de onde tirei essa expressão por não faço a minina idéia de onde tirei). Deixei meu primo na fila da lotérica e fui pagar o "maldito" cartão - esse mês eu cancelo essa "porcaria", porque já cansei de ficar indo todo mês pagar ele sem usar - e pra minha surpresa, só tinha uma pessoa na fila. Menos mal. Já basta uma fila pra enfrentar. Paguei o cartão rapidamente e voltei para outra fila. E tive mais uma surpresa: a fila não tinha andado nada. Mas também o tempo que eu passei na Riachuelo, foi praticamente infimo.
Passado um tempinho na fila. Ela só tinha andado alguns passos. Então fui la no caixa olhar como estava o movimento. E acreditem, tive mais outra surpresa. Só tinha um "maldito" caixa funcionando. Não era a toa que a fila estava grande daquele jeito. Voltei para onde meu primo estava e começamos a falar sobre filmes pra passar o tempo.
Mais ou menos meia hora se passou, quando um cara saiu puto da fila, porque disse que algo não estava funcionando. Eu pensei logo: "agora fudeu tudo". Ai fui lá no caixa perguntar pra moça o que era que não estava funcionando. Para o meu alivio ela disse que não estava funcionando o bolsa-familia, saques e saldo. O meu era depósito, então estava tudo certo, não era? Errado!
Já havia passado mais de uma hora. Finalmente iamos ser atendidos (aê!!), quando um cara perguntou se os depósitos que fossem feitos naquela hora, poderiam ser prontamente sacados. Para o nosso azar, porque precisavamos daquele dinheiro naquela hora para um pagamento na internet, a moça disse que não. "Maldição". Grrr!!
Enquanto eu falava todos os palavrões que eu conheço - e olhe que são muitos - meu primo ligava para seu pai, para saber como poderiamos resolver a situação. Meu tio, pai do meu primo, acabou por dizer que precisavamos ir no trabalho de minha mãe no centro da cidade - uns 15 minutos dalí - pegar o cartão dela e pagar a "bagaça" em algum caixa.
Enquanto caminhavamos para carro, falei mentalmente todos os palavrões que eu pensei na hora.
10 a 15 minutos depois chegamos no trabalho da minha mãe. Entrei na sala dela, peguei o cartão de crédito, papel que tinha que ser pago e fomos pro caixa, que era um pouco longe dalí, mas pelo menos era caminho para casa.
Chegando no caixa, o código de barras do papel não leu, porque a impressão estava ruim. Mas felizmente podia ser colocado manualmente, digitando os números. Os números foram digitados, a senha foi digitada. O pagamento foi efetuado. Tudo certo. Ufa! Fome do caralho, eu pensei. Então vamos embora para casa.
Cá estava eu tranquilo no meu computador, batendo um papo no msn, olhando alguns sites na internet e ouvindo música. Quando recebo uma ligação do meu primo, pedindo pra eu ir com ele no Shopping Manaira a mando de seu pai, pra depositar um dinheiro pra pagar o imposto de renda da minha mãe. Como eu tinha que pagar o cartão da Riachuelo - já fazia dois meses que eu não pagava, e não aguentava mais as ligações dos atendentes "fdp" que semana após semana me ligavam pra eu pagar o maldito cartão - e como era uma coisa séria da minha mãe e como estava no último dia de pagamento, aceitei prontamente ir com ele fazer o depósito. Fui pegar ele e fomos para o shopping.
Chegando lá no shopping vimos que a fila da lotérica - local que tinha que ser depositado o dinheiro - estava enorme. Enorme meeeeeeeeesmo. Mas fazer o que né? O dinheiro tinha que ser depositado, se não "fudeu bahia" (não me perguntem de onde tirei essa expressão por não faço a minina idéia de onde tirei). Deixei meu primo na fila da lotérica e fui pagar o "maldito" cartão - esse mês eu cancelo essa "porcaria", porque já cansei de ficar indo todo mês pagar ele sem usar - e pra minha surpresa, só tinha uma pessoa na fila. Menos mal. Já basta uma fila pra enfrentar. Paguei o cartão rapidamente e voltei para outra fila. E tive mais uma surpresa: a fila não tinha andado nada. Mas também o tempo que eu passei na Riachuelo, foi praticamente infimo.
Passado um tempinho na fila. Ela só tinha andado alguns passos. Então fui la no caixa olhar como estava o movimento. E acreditem, tive mais outra surpresa. Só tinha um "maldito" caixa funcionando. Não era a toa que a fila estava grande daquele jeito. Voltei para onde meu primo estava e começamos a falar sobre filmes pra passar o tempo.
Mais ou menos meia hora se passou, quando um cara saiu puto da fila, porque disse que algo não estava funcionando. Eu pensei logo: "agora fudeu tudo". Ai fui lá no caixa perguntar pra moça o que era que não estava funcionando. Para o meu alivio ela disse que não estava funcionando o bolsa-familia, saques e saldo. O meu era depósito, então estava tudo certo, não era? Errado!
Já havia passado mais de uma hora. Finalmente iamos ser atendidos (aê!!), quando um cara perguntou se os depósitos que fossem feitos naquela hora, poderiam ser prontamente sacados. Para o nosso azar, porque precisavamos daquele dinheiro naquela hora para um pagamento na internet, a moça disse que não. "Maldição". Grrr!!
Enquanto eu falava todos os palavrões que eu conheço - e olhe que são muitos - meu primo ligava para seu pai, para saber como poderiamos resolver a situação. Meu tio, pai do meu primo, acabou por dizer que precisavamos ir no trabalho de minha mãe no centro da cidade - uns 15 minutos dalí - pegar o cartão dela e pagar a "bagaça" em algum caixa.
Enquanto caminhavamos para carro, falei mentalmente todos os palavrões que eu pensei na hora.
10 a 15 minutos depois chegamos no trabalho da minha mãe. Entrei na sala dela, peguei o cartão de crédito, papel que tinha que ser pago e fomos pro caixa, que era um pouco longe dalí, mas pelo menos era caminho para casa.
Chegando no caixa, o código de barras do papel não leu, porque a impressão estava ruim. Mas felizmente podia ser colocado manualmente, digitando os números. Os números foram digitados, a senha foi digitada. O pagamento foi efetuado. Tudo certo. Ufa! Fome do caralho, eu pensei. Então vamos embora para casa.
segunda-feira, 30 de abril de 2007
Beleza Perfeita
Fazia já um tempinho que eu não atualizava isso. Estava em semana de provas e meio sem tempo e também sem vontade. Mas essa semana normalizo as postagens.
Esse é um texto que apesar de estar em primeira pessoa, não aconteceu realmente. Eu me baseei em sonhos e em outras coisas também para escrevê-lo.
-----
Estava andando numa praia. Era deserta. O sol acabara de despontar no horizonte. Era muito bonito. As ondas quebravam calmamente na areia. O mar estava secando. Uma leve brisa soprava movimentando as poucas palmeiras que ali existiam. Tudo era tão calmo. Tudo parecia surreal. Uma nevoa cobria todo o céu. Parecia que só existia aquele lugar. Nada de casas. Nada de prédios, nem usinas. Nada. Só aquela calmaria. Só o barulho das ondas. Só a praia.
Continuei a andar sem rumo certo. A praia parecia não ter fim. E a paisagem não mudava. Tudo parecia igual. Mais a frente, avistei um ponto. Ele vinha em minha direção. No começo fiquei apenas parado. Mas à medida que vi que ia se aproximando, comecei a perceber que era uma pessoa. Comecei então a seguir em direção a ela. Mais alguns passos, e vi que era uma mulher. Seus cabelos longos voavam levemente e ela andava decididamente em minha direção.
Mais alguns passos e ficamos frente a frente. Tinha olhos e cabelos castanhos. Tinha uma beleza realmente incrível e alucinante. Fiquei maravilhado. Ficamos nos olhando por um tempo. Não saberia dizer se passaram segundos ou minutos nem horas. O tempo aqui parecia não existir. Então, do nada, ela abriu um enorme sorriso. Meu coração começou a bater mais forte: TUM! TUM! Como era lindo aquele sorriso. Era a coisa mais bela que eu já vira.
Comecei a sorrir pra ela também. Era impossível não corresponder aquele belo sorriso. Então, novamente do nada, ainda sorrindo, ela se jogou nos meus braços. Parecia cena de filme americano. Quando finalmente o casal se encontrava. Meu coração agora batia tão forte e tão rápido que em certo momento eu achava que ia explodir. TUM! TUM! TUM! TUM! Era uma sensação boa e agonizante ao mesmo tempo. Era tanta felicidade que chegava até a doer.
Tomamos banho de mar, corremos pela praia, rolamos na areia, nos beijamos, trocamos caricias. Não sei ao certo quanto tempo passamos fazendo isso. Como eu disse, o tempo parecia não existir. Mas isso não importava. O que importava mesmo é que eu nunca tinha estado tão feliz na minha vida. Parecia um sonho. E se realmente fosse um sonho eu não queria acordar mais nunca.
Depois ficamos apenas olhando um para o outro, deitados na areia. Nesse tempo todo que passamos juntos não trocamos nenhuma palavra. O que era mais surreal ainda. Ela ainda continuava dando aquele belo sorriso. E eu imaginava como podia existir algo tão belo.
Comecei a ouvir uma voz. Uma voz distante chamando pelo meu nome. Depois comecei a ouvir um “Toc!”, “Toc!”. Como se alguém batesse numa porta. Mas como poderia existir uma porta em uma praia? E cadê essa porta que eu não via?
Levantei-me e comecei a procurar pela voz. A Beleza Perfeita ainda jazia deitada na areia. Sorrindo. Que sorriso, eu tornava a pensar.
A voz continuava. Dessa vez mais forte ainda. Mais ainda soava estranha pra mim “... orda.” “... uldade” “...nino” “...ras”. Era só o que eu conseguia entender. Que diabos significa isso, eu me perguntava.
Tornei a olhar para Beleza Perfeita. Queria esquecer aquela voz. O que me importava mesmo estava ali na minha frente. Mas pra minha completa surpresa, ela agora começava a desaparecer. Eu comecei a gritar desesperado por seu nome, mas não saia voz nenhuma da minha boca. Tentei tocá-la, mas minhas mãos a ultrapassam. Parecia um fantasma. Mas ela não parecia triste. Não. Mesmo desaparecendo, ela mantinha o sorriso de sempre. O belo sorriso de sempre. E isso era mais assustador e desesperador ainda. Tentei tudo que eu podia tentar. Pegá-la. Chamá-la. Mas nada deu certo. Até que por fim ela desapareceu.
Comecei a chorar. Um choro silencioso. As lágrimas jorravam dos meus olhos. Parecia que o mundo tava se acabando. E realmente estava. Depois que parei de chorar, comecei a notar que agora o mar sumia. As palmeiras sumiam. A névoa que a principio estava lá em cima, agora parecia cobrir tudo. Eu não liguei. O que me importava não existia mais. Beleza perfeita foi embora. Então que vá a praia também. Que o mundo acabe. Nada interessa mais.
A voz tornava a voltar, mais forte do que nunca. E dessa vez eu pude ouvir claramente o que ela falava e a quem pertencia. “Acorda pra ir pra faculdade menino, já são 7 horas”. Era minha mãe falando. A praia tinha sumido, dando lugar pra uma brancura sem fim. E agora outro lugar começara a surgir. Era meu quarto.
No final era tudo um sonho. Apenas um sonho. Levantei da cama e fui começar meus afazeres. Agora era a hora de enfrentar a dura realidade sem Beleza Perfeita. Mas quem sabe a noite ela não volte. Afinal já sei onde procurá-la. E por algum tempo, por mínimo que seja, posso ter a felicidade tão desejada.
Esse é um texto que apesar de estar em primeira pessoa, não aconteceu realmente. Eu me baseei em sonhos e em outras coisas também para escrevê-lo.
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Estava andando numa praia. Era deserta. O sol acabara de despontar no horizonte. Era muito bonito. As ondas quebravam calmamente na areia. O mar estava secando. Uma leve brisa soprava movimentando as poucas palmeiras que ali existiam. Tudo era tão calmo. Tudo parecia surreal. Uma nevoa cobria todo o céu. Parecia que só existia aquele lugar. Nada de casas. Nada de prédios, nem usinas. Nada. Só aquela calmaria. Só o barulho das ondas. Só a praia.
Continuei a andar sem rumo certo. A praia parecia não ter fim. E a paisagem não mudava. Tudo parecia igual. Mais a frente, avistei um ponto. Ele vinha em minha direção. No começo fiquei apenas parado. Mas à medida que vi que ia se aproximando, comecei a perceber que era uma pessoa. Comecei então a seguir em direção a ela. Mais alguns passos, e vi que era uma mulher. Seus cabelos longos voavam levemente e ela andava decididamente em minha direção.
Mais alguns passos e ficamos frente a frente. Tinha olhos e cabelos castanhos. Tinha uma beleza realmente incrível e alucinante. Fiquei maravilhado. Ficamos nos olhando por um tempo. Não saberia dizer se passaram segundos ou minutos nem horas. O tempo aqui parecia não existir. Então, do nada, ela abriu um enorme sorriso. Meu coração começou a bater mais forte: TUM! TUM! Como era lindo aquele sorriso. Era a coisa mais bela que eu já vira.
Comecei a sorrir pra ela também. Era impossível não corresponder aquele belo sorriso. Então, novamente do nada, ainda sorrindo, ela se jogou nos meus braços. Parecia cena de filme americano. Quando finalmente o casal se encontrava. Meu coração agora batia tão forte e tão rápido que em certo momento eu achava que ia explodir. TUM! TUM! TUM! TUM! Era uma sensação boa e agonizante ao mesmo tempo. Era tanta felicidade que chegava até a doer.
Tomamos banho de mar, corremos pela praia, rolamos na areia, nos beijamos, trocamos caricias. Não sei ao certo quanto tempo passamos fazendo isso. Como eu disse, o tempo parecia não existir. Mas isso não importava. O que importava mesmo é que eu nunca tinha estado tão feliz na minha vida. Parecia um sonho. E se realmente fosse um sonho eu não queria acordar mais nunca.
Depois ficamos apenas olhando um para o outro, deitados na areia. Nesse tempo todo que passamos juntos não trocamos nenhuma palavra. O que era mais surreal ainda. Ela ainda continuava dando aquele belo sorriso. E eu imaginava como podia existir algo tão belo.
Comecei a ouvir uma voz. Uma voz distante chamando pelo meu nome. Depois comecei a ouvir um “Toc!”, “Toc!”. Como se alguém batesse numa porta. Mas como poderia existir uma porta em uma praia? E cadê essa porta que eu não via?
Levantei-me e comecei a procurar pela voz. A Beleza Perfeita ainda jazia deitada na areia. Sorrindo. Que sorriso, eu tornava a pensar.
A voz continuava. Dessa vez mais forte ainda. Mais ainda soava estranha pra mim “... orda.” “... uldade” “...nino” “...ras”. Era só o que eu conseguia entender. Que diabos significa isso, eu me perguntava.
Tornei a olhar para Beleza Perfeita. Queria esquecer aquela voz. O que me importava mesmo estava ali na minha frente. Mas pra minha completa surpresa, ela agora começava a desaparecer. Eu comecei a gritar desesperado por seu nome, mas não saia voz nenhuma da minha boca. Tentei tocá-la, mas minhas mãos a ultrapassam. Parecia um fantasma. Mas ela não parecia triste. Não. Mesmo desaparecendo, ela mantinha o sorriso de sempre. O belo sorriso de sempre. E isso era mais assustador e desesperador ainda. Tentei tudo que eu podia tentar. Pegá-la. Chamá-la. Mas nada deu certo. Até que por fim ela desapareceu.
Comecei a chorar. Um choro silencioso. As lágrimas jorravam dos meus olhos. Parecia que o mundo tava se acabando. E realmente estava. Depois que parei de chorar, comecei a notar que agora o mar sumia. As palmeiras sumiam. A névoa que a principio estava lá em cima, agora parecia cobrir tudo. Eu não liguei. O que me importava não existia mais. Beleza perfeita foi embora. Então que vá a praia também. Que o mundo acabe. Nada interessa mais.
A voz tornava a voltar, mais forte do que nunca. E dessa vez eu pude ouvir claramente o que ela falava e a quem pertencia. “Acorda pra ir pra faculdade menino, já são 7 horas”. Era minha mãe falando. A praia tinha sumido, dando lugar pra uma brancura sem fim. E agora outro lugar começara a surgir. Era meu quarto.
No final era tudo um sonho. Apenas um sonho. Levantei da cama e fui começar meus afazeres. Agora era a hora de enfrentar a dura realidade sem Beleza Perfeita. Mas quem sabe a noite ela não volte. Afinal já sei onde procurá-la. E por algum tempo, por mínimo que seja, posso ter a felicidade tão desejada.
terça-feira, 24 de abril de 2007
Adeus Papai Noel
Nem sempre Papai Noel foi uma lenda. Houve um tempo em que ele existia e todo ano no natal, como sempre foi falado, ele entregava presentes. Mas depois de vários incidentes na cidade de Chamiro, ele resolveu se aposentar e passou a ser realmente uma lenda. E essa história que será contada a seguir:
O natal estava chegando e provavelmente Luis não receberia presente do Papai Noel de novo naquele ano. Ele sempre tinha sido um menino mal. Batia nas crianças e destruia os brinquedos delas. Quebrava as janelas das casas. Matava os passarinhos com seu estilingue, espalhava o lixo pela calçada. Fazia todos os diversos tipos de maldades com os gatos e cachorros dos vizinhos, entre outras coisas. O menino era o cão em pessoa. Mas como a sua mãe era boazinha, se dava muito bem com a vizinhaça e acabava pagando o prejuizo das coisas quebradas, menos dos machucados que quase sempre os meninos tinham por causa dos murros de Luis, os vizinhos sempre davam um desconto. Mas eles não viam a hora que aquele “demoniozinho” saisse dali.
Na verdade Luís não ligava de não receber presentes, porque sempre acabava dando um jeito de conseguir o seu. É claro que roubando das outras crianças. Mas o que o deixava com o raiva, era a felicidade delas, que sempre recebiam um presente do Papai Noel no natal. Ele já estava cansado disso e ia armar um plano pra pegar Papai Noel. Pra fazer com que ele nunca mais pisasse naquela cidade. Este seria o ultimo natal que as que crianças receberiam presentes se dependesse dele.
Era noite de 24 de dezembro. Meia noite Papai Noel estaria chegando para deixar os presentes dos meninos que foram bons esse ano. O relógio batia dez horas da noite. Provavelmente todas as crianças do bairro já estavam dormindo. Os pais de Luís já estavam dormindo também, mas ele estava lá na sala, bem acordado e executando seu plano de espalhar armadilhas pela casa. “Mas peraí! Porque Luís espalharia armadilhas pela sua casa, já que Papai Noel não entraria nela, por ele ser um menino tão mal?” Com certeza é o que vocês devem estar se perguntando, não é? Desculpa. Falha minha em ter esquecido de dizer que ele tinha uma irmã menor, que era muito boazinha e que com certeza merecia ganhar um presente.
Pergunta respondida então voltemos a história.
Quando plantou todas as armadilhas o relógio marcava 11:30 e agora era só esperar o “maldito” chegar pra festa começar. E não esperou muito. Quando deu meia noite, lá estava Papai Noel sobreavoando a cidade no trenó com suas renas. Neste momento Luis estava a espreita na janela da sala e viu a chegada dele. Papai Noel pousou 4 casas antes da sua e começou a entregar os presentes. Luís foi conferir se estava tudo o.k. Poucos minutos depois Papai Noel estaria descendo a chaminé da sua casa. Quando ele ouviu o barulho no teto, foi se esconder atrás da parede que dividia a sala do corredor para as escadas. Papai Noel desceu a chaminé sem ter a minima idéia do que ia acontecer a seguir.
Na hora que Papai Noel desceu a chaminé, ele deu um grito alto e saiu saltitante, por causa da tábua de pregos que Luís tinha colocado dentro da chaminé. Mas ele não ficou pulando por muito tempo, porque logo depois que ele saiu da chaminé, ele levou um baita tombo, graças ao detergente que Luís tinha espalhado no chão sala. Com os pés furados e uma terrivél dor nas costas, Papai Noel seguiu em direção a árvore de natal para deixar o presente de Beatriz, a irmã de Luís. Luís continuava atrás da parede, se segurando para não rir.
Antes de Papai Noel chegar a árvore, ele se sentou no sofá para tirar o sapato que estava cheio de pregos, para dar uma olhada como estava seus pés, para descansar um pouco e pensar em quem estava fazendo aquilo. Depois de alguns minutos pensando, Só ele começou a perceber que o único que poderia estar fazendo aquilo, era aquele menino malvado daquela cidade, que ele sempre estava de olho. Olhou pra um lado, olhou para outro e não viu ninguém. Luís continuava no mesmo canto sem se mexer.
Quando foi se levantar do sofá, ele não conseguia. Estava preso. Ele estava tão aterrorizado com o que estava acontecendo que não tinha percebido que o sofá estava cheio de cola. Tentou com todas suas forças se desprender do sofá, mas mesmo assim não conseguiu e acabou rasgando sua calça. Era a única maneira de se descolar. E finalmente começou a andar em direção a árvore, sem calças e sem sapatos. Não tinha desistido ainda de entregar o presente de Beatriz. Mas como a luz da sala estava apagada e ela estava escura, não se tocou que o chão estava cheio de cacos de vidro. Quando pisou, deu um grito tão grande que acabou acordando o pai de Luís. Tomas acordou assustado. Foi andando cautelosamente até a escada e quando chegou lá perguntou se alguém se encontrava na casa. Não ouvia nenhuma voz em resposta e começou a descer as escadas com a mesma cautela que ele havia chegado nela.
Luís se assustou com a voz do pai e achou que seria o fim. Ele descobriria o que ele estava fazendo com Papai Noel e não tinha a minina idéia de qual o castigo ia levar. Mas não foi o que aconteceu. Assim que Tomas desceu metade da escada, viu seu filho estirado no chão como a mão no joelho. Ele ficou preocupado e perguntou se Luís estava. Luís disse que sim. Que apenas tinha escorregado no chão enquanto tentava chegar na cozinha pra beber água, mas estava tudo bem. Não havia motivos para preocupação. Relaxado, Tomas deu um beijo em Luís e subiu as escadas pra voltar a dormir. Apesar do menino ser traquino, Tomas gostava muito dele.
Luis deu um suspiro de alivio e voltou a prestar atenção na sala. Papai Noel por um instante tinha sumido e um “ah” de insatisfação saiu da sua boca. Mas logo depois viu que ele apenas estava atrás da árvore de natal. Provavelmente havia se escondido por causa de seu pai. Ainda tinha mais uma armadilha que ele achava que Papai Noel ia cair. E foi dito e feito.
Papai noel deixou o presente de Beatriz na árvore e como não tinha como sair pela chaminé por causa dos pregos, resolveu sair pela porta da frente. Quando chegou na porta notou que tinha um tapete na sua frente com os seguintes dizeres: “Adeus Papai Noel”. Papai Noel achou que seria mais uma armadilha e resolveu ligar a luz pra ver direitinho o que tinha naquele tapete. Mas quando acionou o interruptor levou um choque tão grande que fez seus cabelos e suas barbas ficarem em pé.
Aquilo era o fim pra Papai Noel. Ele não aguentava mais. Só queria ir pra embora daquela “maldita” cidade. Mas de fato realmente era o fim, porque as armadilhas tinham acabado e Papai Noel pelo jeito também. Luís ainda estava atrás da parede da sala se segurando pra não rir. Papai Noel mesmo achando que outra armadilha o esperava quando girasse a maçaneta da porta, resolveu tentar usá-la. Até porque uma armadilha mais e uma menos não iria mudar muita coisa. O importante era estar fora daquela casa. Girou a maçaneta e para sua surpresa nenhuma armadilha foi ativada. Finalmente estava fora daquela casa. E em alguns minutos fora daquela cidade que nunca mais pisaria. Talvez até se aposentasse logo e que se “dana-se” as crianças.
Quando Papai Noel deixou a casa, Luís soltou todo o riso que estava guardado acordando novamente seu pai, que perguntou furioso o que “diabos” ele ainda estava fazendo ali no corredor da escada. Luis não respondeu nada e foi correndo para o quarto ainda rindo muito. Tomas resolveu relevar a situação e tentar novamente voltar a dormir.
Depois desse dia o verdadeiro Papai Noel nunca mais entregou presente na sua vida. Tinha fechado a fábrica, mandado os duendes embora e agora passava os dias em casa. Sem se preocupar se seria atormentado por alguma criança no dia de natal. Uma vez bastava pra ele. Um senhor daquela idade não podia se arriscar daquela forma.
Papai Noel nunca arrumou um substituto, mas anos depois acabou ganhando vários, que na verdade eram os pais que não aguentavam mais verem seus filhos tristes porque Papai Noel não mais deixava presentes para eles. Depois pessoas começaram a ser contratadas como Papai Noel para tirarem fotos com as crianças em shoppings e em praças. E assim uma verdade se tornou lenda. Tudo por causa de um simples menino que não gostava de Papai Noel e do Natal.
FIM
O natal estava chegando e provavelmente Luis não receberia presente do Papai Noel de novo naquele ano. Ele sempre tinha sido um menino mal. Batia nas crianças e destruia os brinquedos delas. Quebrava as janelas das casas. Matava os passarinhos com seu estilingue, espalhava o lixo pela calçada. Fazia todos os diversos tipos de maldades com os gatos e cachorros dos vizinhos, entre outras coisas. O menino era o cão em pessoa. Mas como a sua mãe era boazinha, se dava muito bem com a vizinhaça e acabava pagando o prejuizo das coisas quebradas, menos dos machucados que quase sempre os meninos tinham por causa dos murros de Luis, os vizinhos sempre davam um desconto. Mas eles não viam a hora que aquele “demoniozinho” saisse dali.
Na verdade Luís não ligava de não receber presentes, porque sempre acabava dando um jeito de conseguir o seu. É claro que roubando das outras crianças. Mas o que o deixava com o raiva, era a felicidade delas, que sempre recebiam um presente do Papai Noel no natal. Ele já estava cansado disso e ia armar um plano pra pegar Papai Noel. Pra fazer com que ele nunca mais pisasse naquela cidade. Este seria o ultimo natal que as que crianças receberiam presentes se dependesse dele.
Era noite de 24 de dezembro. Meia noite Papai Noel estaria chegando para deixar os presentes dos meninos que foram bons esse ano. O relógio batia dez horas da noite. Provavelmente todas as crianças do bairro já estavam dormindo. Os pais de Luís já estavam dormindo também, mas ele estava lá na sala, bem acordado e executando seu plano de espalhar armadilhas pela casa. “Mas peraí! Porque Luís espalharia armadilhas pela sua casa, já que Papai Noel não entraria nela, por ele ser um menino tão mal?” Com certeza é o que vocês devem estar se perguntando, não é? Desculpa. Falha minha em ter esquecido de dizer que ele tinha uma irmã menor, que era muito boazinha e que com certeza merecia ganhar um presente.
Pergunta respondida então voltemos a história.
Quando plantou todas as armadilhas o relógio marcava 11:30 e agora era só esperar o “maldito” chegar pra festa começar. E não esperou muito. Quando deu meia noite, lá estava Papai Noel sobreavoando a cidade no trenó com suas renas. Neste momento Luis estava a espreita na janela da sala e viu a chegada dele. Papai Noel pousou 4 casas antes da sua e começou a entregar os presentes. Luís foi conferir se estava tudo o.k. Poucos minutos depois Papai Noel estaria descendo a chaminé da sua casa. Quando ele ouviu o barulho no teto, foi se esconder atrás da parede que dividia a sala do corredor para as escadas. Papai Noel desceu a chaminé sem ter a minima idéia do que ia acontecer a seguir.
Na hora que Papai Noel desceu a chaminé, ele deu um grito alto e saiu saltitante, por causa da tábua de pregos que Luís tinha colocado dentro da chaminé. Mas ele não ficou pulando por muito tempo, porque logo depois que ele saiu da chaminé, ele levou um baita tombo, graças ao detergente que Luís tinha espalhado no chão sala. Com os pés furados e uma terrivél dor nas costas, Papai Noel seguiu em direção a árvore de natal para deixar o presente de Beatriz, a irmã de Luís. Luís continuava atrás da parede, se segurando para não rir.
Antes de Papai Noel chegar a árvore, ele se sentou no sofá para tirar o sapato que estava cheio de pregos, para dar uma olhada como estava seus pés, para descansar um pouco e pensar em quem estava fazendo aquilo. Depois de alguns minutos pensando, Só ele começou a perceber que o único que poderia estar fazendo aquilo, era aquele menino malvado daquela cidade, que ele sempre estava de olho. Olhou pra um lado, olhou para outro e não viu ninguém. Luís continuava no mesmo canto sem se mexer.
Quando foi se levantar do sofá, ele não conseguia. Estava preso. Ele estava tão aterrorizado com o que estava acontecendo que não tinha percebido que o sofá estava cheio de cola. Tentou com todas suas forças se desprender do sofá, mas mesmo assim não conseguiu e acabou rasgando sua calça. Era a única maneira de se descolar. E finalmente começou a andar em direção a árvore, sem calças e sem sapatos. Não tinha desistido ainda de entregar o presente de Beatriz. Mas como a luz da sala estava apagada e ela estava escura, não se tocou que o chão estava cheio de cacos de vidro. Quando pisou, deu um grito tão grande que acabou acordando o pai de Luís. Tomas acordou assustado. Foi andando cautelosamente até a escada e quando chegou lá perguntou se alguém se encontrava na casa. Não ouvia nenhuma voz em resposta e começou a descer as escadas com a mesma cautela que ele havia chegado nela.
Luís se assustou com a voz do pai e achou que seria o fim. Ele descobriria o que ele estava fazendo com Papai Noel e não tinha a minina idéia de qual o castigo ia levar. Mas não foi o que aconteceu. Assim que Tomas desceu metade da escada, viu seu filho estirado no chão como a mão no joelho. Ele ficou preocupado e perguntou se Luís estava. Luís disse que sim. Que apenas tinha escorregado no chão enquanto tentava chegar na cozinha pra beber água, mas estava tudo bem. Não havia motivos para preocupação. Relaxado, Tomas deu um beijo em Luís e subiu as escadas pra voltar a dormir. Apesar do menino ser traquino, Tomas gostava muito dele.
Luis deu um suspiro de alivio e voltou a prestar atenção na sala. Papai Noel por um instante tinha sumido e um “ah” de insatisfação saiu da sua boca. Mas logo depois viu que ele apenas estava atrás da árvore de natal. Provavelmente havia se escondido por causa de seu pai. Ainda tinha mais uma armadilha que ele achava que Papai Noel ia cair. E foi dito e feito.
Papai noel deixou o presente de Beatriz na árvore e como não tinha como sair pela chaminé por causa dos pregos, resolveu sair pela porta da frente. Quando chegou na porta notou que tinha um tapete na sua frente com os seguintes dizeres: “Adeus Papai Noel”. Papai Noel achou que seria mais uma armadilha e resolveu ligar a luz pra ver direitinho o que tinha naquele tapete. Mas quando acionou o interruptor levou um choque tão grande que fez seus cabelos e suas barbas ficarem em pé.
Aquilo era o fim pra Papai Noel. Ele não aguentava mais. Só queria ir pra embora daquela “maldita” cidade. Mas de fato realmente era o fim, porque as armadilhas tinham acabado e Papai Noel pelo jeito também. Luís ainda estava atrás da parede da sala se segurando pra não rir. Papai Noel mesmo achando que outra armadilha o esperava quando girasse a maçaneta da porta, resolveu tentar usá-la. Até porque uma armadilha mais e uma menos não iria mudar muita coisa. O importante era estar fora daquela casa. Girou a maçaneta e para sua surpresa nenhuma armadilha foi ativada. Finalmente estava fora daquela casa. E em alguns minutos fora daquela cidade que nunca mais pisaria. Talvez até se aposentasse logo e que se “dana-se” as crianças.
Quando Papai Noel deixou a casa, Luís soltou todo o riso que estava guardado acordando novamente seu pai, que perguntou furioso o que “diabos” ele ainda estava fazendo ali no corredor da escada. Luis não respondeu nada e foi correndo para o quarto ainda rindo muito. Tomas resolveu relevar a situação e tentar novamente voltar a dormir.
Depois desse dia o verdadeiro Papai Noel nunca mais entregou presente na sua vida. Tinha fechado a fábrica, mandado os duendes embora e agora passava os dias em casa. Sem se preocupar se seria atormentado por alguma criança no dia de natal. Uma vez bastava pra ele. Um senhor daquela idade não podia se arriscar daquela forma.
Papai Noel nunca arrumou um substituto, mas anos depois acabou ganhando vários, que na verdade eram os pais que não aguentavam mais verem seus filhos tristes porque Papai Noel não mais deixava presentes para eles. Depois pessoas começaram a ser contratadas como Papai Noel para tirarem fotos com as crianças em shoppings e em praças. E assim uma verdade se tornou lenda. Tudo por causa de um simples menino que não gostava de Papai Noel e do Natal.
FIM
sábado, 21 de abril de 2007
O homem que fez chover
É um conto relativamente grande. Mas acho que seria interessante que todos que passassem por aqui lê-se ele.
Pedro morava num sitio perto de uma pequena cidade no interior do nordeste, há muito esquecida por Deus e pelos homens. Moravam numa casa de barro com fogão a lenha e cheia de lampiões, já que lá ainda não havia chegado luz elétrica. Já fazia anos que não chovia. Tanto tempo que ninguém sabia mais o que era chuva por lá. Pedro que já era quase um rapaz e nunca tinha visto um pingo de água se quer caindo do céu, só aquele sol escaldante de cada dia. Mas sempre ouvia histórias de seus pais falando do bons e velhos tempos da boa safra. Das chuvas abundantes. Quando a água e a comida eram fartas. E ficava maravilhado com elas e sonhava com o dia em que veria esse tempo. Hoje em dia, a colheita sobrevive graças a pequena irrigação que funciona através de carros pipa que aparecem esporadicamente por aquele fim de mundo. Que também são usados para matar a sede e para a higiene básica daquela pequena população que ali vive.
O sol nascia mais um vez. Pedro tinha 14 anos e estava se preparando para ir a escola. Tinha acordado pouco antes da aurora. Pedro tinha que acordar cedo, porque a escola ficava na cidade a 6 km de onde ele morava. E tinham que ser percorridos a pé, porque Pedro não tinha nenhum meio de locomoção a não ser uma carroça, que era usada pelo seu pai para levar e trazer mantimentos e a pequena colheita de cana-de-açucar em que trabalhava. E por consequência não podia ser usada para levá-lo a escola. E sua mãe fazia trabalho artesanal com as folhas que restavam da cana.
Estava fazendo a oitava série do primeiro grau. E apesar da pobreza que rondava seu pequeno mundo, ele era um aluno aplicado e sonhador. Sempre tirava notas boas e queria ser médico quando cresce-se. Os pais davam a maior força, apesar de terem quase certeza de que ele não passaria de mais um cortador de cana. A tarde, depois da escola, Pedro ajudava seu pai na colheita. E a noite estudava. Não tinha muito o que se fazer no sitio. Nas horas livres, ele geralmente passava o dia brincando com seus irmãos, com carrinhos que eles mesmo fabricavam. E a cada ano que passava Pedro ansiava pela chuva como nenhuma outra coisa em sua vida.
Pedro tinha dois irmãos e uma irmã. Quinho e Thiago, tinham respectivamente 8 e 6 anos e só estudavam. Eram muito novos para trabalharem na roça. E Mariana, a mais velha que tinha 20 anos, foi tentar a sorte no sudeste do país. Arrumou um emprego como empregada doméstica e nunca mais voltou. Ela não tinha a vida dos sonhos, mas com certeza era muito melhor do que viver naquela pequena cidade. Uma vez por semana ela mandava uma carta pra falar sobre as novidades. Seu Zé e Dona Maria nunca gostaram muito da idéia de Mariana ter ido pro sudeste. Eles acreditavam que manter a familia unida era essencial. Mas depois de ver que os tempos mudaram e que a única maneira de ter uma vida digna era sair daquela cidade, acabaram ajudando ela a comprar a passagem depois de juntarem dinheiro por vários meses. Eles estavam felizes porque ela estava feliz, apesar de não levar a vida que queria.
O sol nascia mais uma vez. Pedro estava com 34 anos. Tinha 19 quando se casou com Tatiana, uma menina que morava num sitio ao lado do seu. Dois anos antes do casório, Pedro assumiria o trabalho do seu pai na roça, que se aposentava por causa da artrite que tinha piorado consideravelmente e agora ajudava a mulher com o trabalho artesanal. Pedro acabou largando a escola no terceiro ano do ensino médio por causa disso. E seus sonhos, assim como sua esperança de ser gente na vida, tinham ido por água abaixo. Ou por terra abaixo, já que água mal se via naquelas terras. Já faziam quase 40 anos que não chovia. Pouco mais que a idade de Pedro que nunca tinha visto se quer um pingo de água cair do céu. Ninguém esperava mais que chuvesse naquelas terras. Mas Pedro sabia que antes de morrer ainda ia ver a chuva.
Quinho, irmão mais novo de Pedro, no mesmo ano que completou 17 foi pro sudeste tentar a sorte, assim como sua irmã Mariana. E acabou conseguindo. Logo quando chegou lá, começou a trabalhar de manhã e a tarde numa padaria como atendente de balcão e fazia cursinho a noite. O dono simpatizava muito com ele, já que eles vinham da mesma região e sempre o deixava com um tempo livre pra estudar mais. Por causa disso, acabou passando numa faculdade federal e começou a cursar história a noite. Continuou a trabalhar na padaria até se formar. Quando se formou conseguiu um bom emprego como professor. Anos mais tarde se tornaria um profissional de renome e nunca voltaria a pisar naquela pequena cidade. Mandava algumas cartas no começo para falar sobre as novidades. Uma por mês. As vezes demorando mais. Mas depois que começou a ficar muito ocupado com o trabalho de professor parou de mandar e nunca mais se comunicou com a familia. Simplesmente esqueceu aqueles que tanto o amavam e que tanto o ajudaram para conseguir o que ele conseguiu.
O futuro de Thiago foi totalmente diferente. Por causa da doença do pai, acabou ficando no sitio para ajudar Pedro na roça. Casou com 20 anos com uma menina de outra cidade. Mas ela acabou se mudando para o sitio dele para assim viver pro resto da vida. Thiago não era muito ganancioso e sonhandor como Pedro e por isso se conformou com a vida que levava. Depois de ter o segundo filho, dos 4 que teria, acabou se mudando pra uma casa ao lado da da sua mãe que ele mesmo construira com a ajuda de Pedro e de mais algumas pessoas dos sitios vizinhos.
O sol nascia mais uma vez. Assim como todos os dias na sua vida, Pedro estava acordado antes da aurora. Mas dessa vez não era mais pra ir ao colégio ou para ir para a roça. Tinha acordado com os berros do seu netinho que nascera a poucas semanas. Pedro estava com 67 anos e não conseguia mais trabalhar na roça. Estava com artrite assim como seu pai que acabou morrendo de malária quando Pedro tinha 45 anos. Agora vivia em casa ajudando as esposas de seus filhos a cuidar de seus netos, enquanto eles quatro - ele teve quatro filhos, todos homens - agora cuidavam da roça por ele. Nenhum tinha se aventurado pelo sudeste. Amavam demais o seu pai para sairem do seu lado. Apesar de um deles, o João, ter tido os mesmos sonhos que o pai em querer ser médico. Mas acabou ficando como ele, que também desistiu de seus sonhos para ajuda-lo.
Pedro também lecionava na escola pela manhã sem receber nada. Os tempos estavam dificeis e muitos professores tinham abandonado aquela pequena cidade, porque não estavam mais sendo pagos. E como Pedro era um dos poucos que ainda sabiam muita coisa, acabou se tornando professor. Sua mãe, Dona Maria, morreu de infarto poucos anos depois que seu marido deixou o mundo. Foram enterrados lado a lado no cemitério da familia que ficava ali mesmo no sitio deles. A chuva ainda não tinha aparecido por aquele lugar. Nem a luz elétrica. Mas Pedro nunca perdia as esperanças e sempre falava que a chuva um dia ia aparecer. Sempre falava pra todo mundo, mas ninguém nunca dava atenção.
O sol nascia mais uma vez. Pedro agora tinha 80 anos. Eram 7 horas da manhã e ele caminhava com um de seus netos pelas estradas de barro seco daquela região, quando sentiu um pingo de água cair em sua face. Ele olhou pro céu e viu que estava escuro, como nunca tinha visto em toda sua vida. Seu coração começou a bater mais forte. Não sabia porque, mas pressentia algo bom. De repente milhares de pingos começaram a molhar a ele e seu neto e aquela terra árida e seca. Só podia ser a chuva, ele pensou alegremente. E para sua felicidade realmente era.
A chuva finalmente tinha resolvido dar as caras naquele pedaço de mundo. Marquinho, o neto de Pedro ficou assustado com aquilo e tentou se esconder atrás do avô. Mas viu que não surtia efeito nenhum e já ia começar a correr pra casa quando foi segurado por Pedro que pediu para ele ter calma. Disse que era apenas água que Deus tinha mandado para eles. Era a chuva que ele tinha certeza que um dia ia aparecer antes de morrer. Parecia que Deus tinha voltado a se lembrar deles. Vai ver ele tinha perdido o mapa daquela região em algum baú que por alguma razão tinha ficado escondido em algum lugar, e agora tinha achado e ia recompensa-los por tudo. Por um momento teve toda sua fé renovada. Nunca tinha se sentido tão emocionado em toda sua vida. Nem quando teve seu primeiro filho. A água tinha voltado, então os bons tempos, o tempo que ele nunca tinha vivido e era louco para viver, o tempo da boa safra, provavelmente voltariam também. Pedro levantou os braços, e seu neto o imitou meio confuso. A água caia em abundância sem mostrar sinais de parar. Pedro começou a dar pulos de alegria e a comemorar e seu neto logo começou a fazer a mesma coisa, mesmo sem saber porque. Afinal. estava achando aquilo divertido.
Mas momentos depois a alegria se tornou em tristeza, porque Pedro começou a sentir uma dor no coração. Agora estava de joelhos no chão. E logo depois deitou naquele lamaçal sem fim. Estava chorando. Se era de alegria ou de tristeza só ele e Deus sabiam naquele momento. Mas na verdade não dava para notar seu choro, porque as lágrimas se misturavam com a água da chuva. As únicas palavras que ele conseguiu pronunciar foi para que Marquinho fosse chamar sua avó. Marquinho saiu correndo tomando o máximo de cuidado para não escorregar no barro molhado e 5 minutos depois estava lá na casa avisando a Dona Tatiana sobre o ocorrido. Mas foi tarde demais. Quando chegaram lá Pedro já estava morto. A chuva já tinha acabado há alguns minutos, logo depois que os filhos de Pedro e sua mãe sairam correndo de casa. Mas ela sempre retornaria com certa frequência.
Pedro logo depois de sentir a dor no coração saberia que não viveria o tempo que tanto sonhara. O tempo de felicidades, de esperanças, da fartura que aquele povo tinha esquecido há muito tempo, mas sabia que eles estavam prestes a se tornar realidade novamente. E já era o homem mais feliz do mundo por causa disso, porque sabia que seus netos viveriam esse tempo. E tudo graças a ele próprio. A Pedro. O homem que fez chover. Pelo menos era no que as pessoas daquela cidadezinha acreditavam. Estas que o apelidaram desta forma por ele nunca ter perdido as esperanças que a chuva voltasse a molhar aquelas terras agora não mais esquecidas por Deus. Que tinha dado sua vida para que isso acontecesse.
FIM
OBS: Cinco coisas que me inspiraram a escrever esse texto. Primeiro, o texto do Rodrigo "Jester", intitulado de "Meninas", encontrado em seu blog Silent Lucidity, Loud Insanity. Não sei explicar bem de que forma ele me inspirou, mas sei dizer que se não tivesse sido esse texto, "o homem que fez chover" dificilmente existiria. Segundo: O texo da da minha amiga Rayssa Medeiros sobre o filme Amarelo Manga, que pode ser encontrado em seu blog Távola Quadrada. Terceiro: Me baseei na temática de um livro paradidático que eu li faz muito tempo. Acho que devia fazer primeiro grau ainda. O nome se eu não me engane é "5 anos sem chover" e fala de uma familia do nordeste que foi tentar a vida no suldeste. Em quarto: me baseei no livro "As 5 pessoas que você encontra no céu", não na temática, mas na forma em que ele foi escrito, porque esse é livro espirita. E por fim pra dar título a esse texto me baseei no título do livro "O homem que fazia chover" de John Grisham. 3 livros e 2 textos muito bons na minha opinião e que com certeza devem ser lidos.
Pedro morava num sitio perto de uma pequena cidade no interior do nordeste, há muito esquecida por Deus e pelos homens. Moravam numa casa de barro com fogão a lenha e cheia de lampiões, já que lá ainda não havia chegado luz elétrica. Já fazia anos que não chovia. Tanto tempo que ninguém sabia mais o que era chuva por lá. Pedro que já era quase um rapaz e nunca tinha visto um pingo de água se quer caindo do céu, só aquele sol escaldante de cada dia. Mas sempre ouvia histórias de seus pais falando do bons e velhos tempos da boa safra. Das chuvas abundantes. Quando a água e a comida eram fartas. E ficava maravilhado com elas e sonhava com o dia em que veria esse tempo. Hoje em dia, a colheita sobrevive graças a pequena irrigação que funciona através de carros pipa que aparecem esporadicamente por aquele fim de mundo. Que também são usados para matar a sede e para a higiene básica daquela pequena população que ali vive.
O sol nascia mais um vez. Pedro tinha 14 anos e estava se preparando para ir a escola. Tinha acordado pouco antes da aurora. Pedro tinha que acordar cedo, porque a escola ficava na cidade a 6 km de onde ele morava. E tinham que ser percorridos a pé, porque Pedro não tinha nenhum meio de locomoção a não ser uma carroça, que era usada pelo seu pai para levar e trazer mantimentos e a pequena colheita de cana-de-açucar em que trabalhava. E por consequência não podia ser usada para levá-lo a escola. E sua mãe fazia trabalho artesanal com as folhas que restavam da cana.
Estava fazendo a oitava série do primeiro grau. E apesar da pobreza que rondava seu pequeno mundo, ele era um aluno aplicado e sonhador. Sempre tirava notas boas e queria ser médico quando cresce-se. Os pais davam a maior força, apesar de terem quase certeza de que ele não passaria de mais um cortador de cana. A tarde, depois da escola, Pedro ajudava seu pai na colheita. E a noite estudava. Não tinha muito o que se fazer no sitio. Nas horas livres, ele geralmente passava o dia brincando com seus irmãos, com carrinhos que eles mesmo fabricavam. E a cada ano que passava Pedro ansiava pela chuva como nenhuma outra coisa em sua vida.
Pedro tinha dois irmãos e uma irmã. Quinho e Thiago, tinham respectivamente 8 e 6 anos e só estudavam. Eram muito novos para trabalharem na roça. E Mariana, a mais velha que tinha 20 anos, foi tentar a sorte no sudeste do país. Arrumou um emprego como empregada doméstica e nunca mais voltou. Ela não tinha a vida dos sonhos, mas com certeza era muito melhor do que viver naquela pequena cidade. Uma vez por semana ela mandava uma carta pra falar sobre as novidades. Seu Zé e Dona Maria nunca gostaram muito da idéia de Mariana ter ido pro sudeste. Eles acreditavam que manter a familia unida era essencial. Mas depois de ver que os tempos mudaram e que a única maneira de ter uma vida digna era sair daquela cidade, acabaram ajudando ela a comprar a passagem depois de juntarem dinheiro por vários meses. Eles estavam felizes porque ela estava feliz, apesar de não levar a vida que queria.
O sol nascia mais uma vez. Pedro estava com 34 anos. Tinha 19 quando se casou com Tatiana, uma menina que morava num sitio ao lado do seu. Dois anos antes do casório, Pedro assumiria o trabalho do seu pai na roça, que se aposentava por causa da artrite que tinha piorado consideravelmente e agora ajudava a mulher com o trabalho artesanal. Pedro acabou largando a escola no terceiro ano do ensino médio por causa disso. E seus sonhos, assim como sua esperança de ser gente na vida, tinham ido por água abaixo. Ou por terra abaixo, já que água mal se via naquelas terras. Já faziam quase 40 anos que não chovia. Pouco mais que a idade de Pedro que nunca tinha visto se quer um pingo de água cair do céu. Ninguém esperava mais que chuvesse naquelas terras. Mas Pedro sabia que antes de morrer ainda ia ver a chuva.
Quinho, irmão mais novo de Pedro, no mesmo ano que completou 17 foi pro sudeste tentar a sorte, assim como sua irmã Mariana. E acabou conseguindo. Logo quando chegou lá, começou a trabalhar de manhã e a tarde numa padaria como atendente de balcão e fazia cursinho a noite. O dono simpatizava muito com ele, já que eles vinham da mesma região e sempre o deixava com um tempo livre pra estudar mais. Por causa disso, acabou passando numa faculdade federal e começou a cursar história a noite. Continuou a trabalhar na padaria até se formar. Quando se formou conseguiu um bom emprego como professor. Anos mais tarde se tornaria um profissional de renome e nunca voltaria a pisar naquela pequena cidade. Mandava algumas cartas no começo para falar sobre as novidades. Uma por mês. As vezes demorando mais. Mas depois que começou a ficar muito ocupado com o trabalho de professor parou de mandar e nunca mais se comunicou com a familia. Simplesmente esqueceu aqueles que tanto o amavam e que tanto o ajudaram para conseguir o que ele conseguiu.
O futuro de Thiago foi totalmente diferente. Por causa da doença do pai, acabou ficando no sitio para ajudar Pedro na roça. Casou com 20 anos com uma menina de outra cidade. Mas ela acabou se mudando para o sitio dele para assim viver pro resto da vida. Thiago não era muito ganancioso e sonhandor como Pedro e por isso se conformou com a vida que levava. Depois de ter o segundo filho, dos 4 que teria, acabou se mudando pra uma casa ao lado da da sua mãe que ele mesmo construira com a ajuda de Pedro e de mais algumas pessoas dos sitios vizinhos.
O sol nascia mais uma vez. Assim como todos os dias na sua vida, Pedro estava acordado antes da aurora. Mas dessa vez não era mais pra ir ao colégio ou para ir para a roça. Tinha acordado com os berros do seu netinho que nascera a poucas semanas. Pedro estava com 67 anos e não conseguia mais trabalhar na roça. Estava com artrite assim como seu pai que acabou morrendo de malária quando Pedro tinha 45 anos. Agora vivia em casa ajudando as esposas de seus filhos a cuidar de seus netos, enquanto eles quatro - ele teve quatro filhos, todos homens - agora cuidavam da roça por ele. Nenhum tinha se aventurado pelo sudeste. Amavam demais o seu pai para sairem do seu lado. Apesar de um deles, o João, ter tido os mesmos sonhos que o pai em querer ser médico. Mas acabou ficando como ele, que também desistiu de seus sonhos para ajuda-lo.
Pedro também lecionava na escola pela manhã sem receber nada. Os tempos estavam dificeis e muitos professores tinham abandonado aquela pequena cidade, porque não estavam mais sendo pagos. E como Pedro era um dos poucos que ainda sabiam muita coisa, acabou se tornando professor. Sua mãe, Dona Maria, morreu de infarto poucos anos depois que seu marido deixou o mundo. Foram enterrados lado a lado no cemitério da familia que ficava ali mesmo no sitio deles. A chuva ainda não tinha aparecido por aquele lugar. Nem a luz elétrica. Mas Pedro nunca perdia as esperanças e sempre falava que a chuva um dia ia aparecer. Sempre falava pra todo mundo, mas ninguém nunca dava atenção.
O sol nascia mais uma vez. Pedro agora tinha 80 anos. Eram 7 horas da manhã e ele caminhava com um de seus netos pelas estradas de barro seco daquela região, quando sentiu um pingo de água cair em sua face. Ele olhou pro céu e viu que estava escuro, como nunca tinha visto em toda sua vida. Seu coração começou a bater mais forte. Não sabia porque, mas pressentia algo bom. De repente milhares de pingos começaram a molhar a ele e seu neto e aquela terra árida e seca. Só podia ser a chuva, ele pensou alegremente. E para sua felicidade realmente era.
A chuva finalmente tinha resolvido dar as caras naquele pedaço de mundo. Marquinho, o neto de Pedro ficou assustado com aquilo e tentou se esconder atrás do avô. Mas viu que não surtia efeito nenhum e já ia começar a correr pra casa quando foi segurado por Pedro que pediu para ele ter calma. Disse que era apenas água que Deus tinha mandado para eles. Era a chuva que ele tinha certeza que um dia ia aparecer antes de morrer. Parecia que Deus tinha voltado a se lembrar deles. Vai ver ele tinha perdido o mapa daquela região em algum baú que por alguma razão tinha ficado escondido em algum lugar, e agora tinha achado e ia recompensa-los por tudo. Por um momento teve toda sua fé renovada. Nunca tinha se sentido tão emocionado em toda sua vida. Nem quando teve seu primeiro filho. A água tinha voltado, então os bons tempos, o tempo que ele nunca tinha vivido e era louco para viver, o tempo da boa safra, provavelmente voltariam também. Pedro levantou os braços, e seu neto o imitou meio confuso. A água caia em abundância sem mostrar sinais de parar. Pedro começou a dar pulos de alegria e a comemorar e seu neto logo começou a fazer a mesma coisa, mesmo sem saber porque. Afinal. estava achando aquilo divertido.
Mas momentos depois a alegria se tornou em tristeza, porque Pedro começou a sentir uma dor no coração. Agora estava de joelhos no chão. E logo depois deitou naquele lamaçal sem fim. Estava chorando. Se era de alegria ou de tristeza só ele e Deus sabiam naquele momento. Mas na verdade não dava para notar seu choro, porque as lágrimas se misturavam com a água da chuva. As únicas palavras que ele conseguiu pronunciar foi para que Marquinho fosse chamar sua avó. Marquinho saiu correndo tomando o máximo de cuidado para não escorregar no barro molhado e 5 minutos depois estava lá na casa avisando a Dona Tatiana sobre o ocorrido. Mas foi tarde demais. Quando chegaram lá Pedro já estava morto. A chuva já tinha acabado há alguns minutos, logo depois que os filhos de Pedro e sua mãe sairam correndo de casa. Mas ela sempre retornaria com certa frequência.
Pedro logo depois de sentir a dor no coração saberia que não viveria o tempo que tanto sonhara. O tempo de felicidades, de esperanças, da fartura que aquele povo tinha esquecido há muito tempo, mas sabia que eles estavam prestes a se tornar realidade novamente. E já era o homem mais feliz do mundo por causa disso, porque sabia que seus netos viveriam esse tempo. E tudo graças a ele próprio. A Pedro. O homem que fez chover. Pelo menos era no que as pessoas daquela cidadezinha acreditavam. Estas que o apelidaram desta forma por ele nunca ter perdido as esperanças que a chuva voltasse a molhar aquelas terras agora não mais esquecidas por Deus. Que tinha dado sua vida para que isso acontecesse.
FIM
OBS: Cinco coisas que me inspiraram a escrever esse texto. Primeiro, o texto do Rodrigo "Jester", intitulado de "Meninas", encontrado em seu blog Silent Lucidity, Loud Insanity. Não sei explicar bem de que forma ele me inspirou, mas sei dizer que se não tivesse sido esse texto, "o homem que fez chover" dificilmente existiria. Segundo: O texo da da minha amiga Rayssa Medeiros sobre o filme Amarelo Manga, que pode ser encontrado em seu blog Távola Quadrada. Terceiro: Me baseei na temática de um livro paradidático que eu li faz muito tempo. Acho que devia fazer primeiro grau ainda. O nome se eu não me engane é "5 anos sem chover" e fala de uma familia do nordeste que foi tentar a vida no suldeste. Em quarto: me baseei no livro "As 5 pessoas que você encontra no céu", não na temática, mas na forma em que ele foi escrito, porque esse é livro espirita. E por fim pra dar título a esse texto me baseei no título do livro "O homem que fazia chover" de John Grisham. 3 livros e 2 textos muito bons na minha opinião e que com certeza devem ser lidos.
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Música Clássica: de graça e cultural
Eu sabia que antes do final do dia eu ia arrumar alguma coisa pra escrever sobre! E hoje trago a vocês um breve texto sobre a apresentação da Orquestra Sinfônica da Paraiba, ao qual tive o imenso prazer de assistir hoje, de "grátis" no Cine Banguê, localizado no Espaço Cultural.
O programa de hoje começou com a composição Gymnopédies números 1 e 3 de Satie e Debussy. É Baseada no violino com uma melodia belissima. Nunca tinha ouvido falar nesses compositores, e por consequencia, os que eu menos queria ouvir nessa apresentação. Mas acabou sendo a composição que mais me chamou atenção na noite.
Depois veio o Concerto para piano número 1, Op 11 do Grande mestre Chopin. Não vou negar que esse é um belo concerto, mas sua longa duração o deixou, na minha opinião, um pouco monotono. Mas o final foi maravilhoso. O público aplaudiu muito. Destaque total para o pianista carioca convidado que brilhou tanto nesse concerto, que acabou tocando uma música sozinho, logo depois das incansáveis palmas do público que praticamente imploravam por um bis. E obviamente, não fez feio. O cara realmente é um mestre no piano. Tinha hora que os braços dele deslizavam no piano de uma forma tão impressionante que podiam ser comparadas a uma bailarina com toda sua sutileza e seu charme dançando em algum teatro. Magnifico!
Depois de um curto intervalo, veio as Bachianas Brasileiras número 8 de H. Villa Lobos, para o Grand Finale. E que Grand Finale! Tinha escutado algumas coisas de Villa Lobos no piano, mas nada tão grandioso assim. E essa composição não contava com o piano, mas de qualquer forma era muito bonita. E tinha um final totalmente esplendoroso. Perfeito pra fechar uma noite perfeita. Calma... Já ia me esquecendo de contar uma coisa. Depois de Villa Lobos, ainda teve mais outro bis. O maestro disse logo após de retornar do intervalo, que depois que acabassem a apresentação, se fossem muito aplaudidos, eles iam mostrar uma surpresa. E foi realmente isso que aconteceu, ainda mais depois de um final tão espetacular como o da composição de Villa Lobos. O público aplaudia insanamente sem mostrar sinais de parar, até que a Orquestra se organiza-se de novo para começar o bis. Mas o bis foi fraquinho, na minha opinião. Foi uma música calma que eu desconheço. Eu esperava algo mais alegre e animado. Mas valeu de qualquer forma. Até porque era dificil alguma coisa estragar essa noite maravilhosa.
Ah, outra coisa. Pra quem ama ou aprecia a música clássica, sabe que cada composição é dividida em movimentos, ou partes que tem pequenos intervalos pra começar a outra. E o correto de aplaudir, é quando é terminada de ser executada toda a composição, ou seja, todas as partes. E isso foi dito pelo Maestro antes do Grand Finale, e ainda teve gente que insistia em bater palmas antes do final da composição. Isso me tirou boas risadas.
Essa acho que foi a quarta vez que fui assistir a Orquestra Sinfônica da Paraiba. E a cada vez que eu vou gosto mais e mais. Eu não costumo ouvir muita música classica em casa. Não é o tipo de música que eu amo. Mas com certeza sou um grande apreciador. E você assistir uma dessas composições sendo tocadas ao vivo, é uma coisa realmente fantástica e emocionante, porque a música clássica ganha uma vivacidade incrível quanto tocada ao vivo, mas ainda do que outra música de qualquer outro estilo.
Acho que todo mundo, até os que não gostam, deveriam assistir a uma apresentação dessas pelo menos uma vez. Porque é uma coisa que valhe a pena. Apesar do teatro daqui, infelizmente ser decadente. Mas de qualquer forma a apresentação da Orquestra daqui é impecável. Os músicos são muito bons. E ainda mais é de graça. Quer coisa melhor? E ainda tem gente que paga 40 reais pra ir no Asa de Águia. Mas gosto não se discute, não é?
E que venha a próxima apresentação da Orquestra Sinfônica da Paraiba no dia 3 de maio! Mas antes, no dia 26 desse mês, tem a apresentação do Quinteto de Uirapuru. Acho devo ir lá conferir :)
O programa de hoje começou com a composição Gymnopédies números 1 e 3 de Satie e Debussy. É Baseada no violino com uma melodia belissima. Nunca tinha ouvido falar nesses compositores, e por consequencia, os que eu menos queria ouvir nessa apresentação. Mas acabou sendo a composição que mais me chamou atenção na noite.
Depois veio o Concerto para piano número 1, Op 11 do Grande mestre Chopin. Não vou negar que esse é um belo concerto, mas sua longa duração o deixou, na minha opinião, um pouco monotono. Mas o final foi maravilhoso. O público aplaudiu muito. Destaque total para o pianista carioca convidado que brilhou tanto nesse concerto, que acabou tocando uma música sozinho, logo depois das incansáveis palmas do público que praticamente imploravam por um bis. E obviamente, não fez feio. O cara realmente é um mestre no piano. Tinha hora que os braços dele deslizavam no piano de uma forma tão impressionante que podiam ser comparadas a uma bailarina com toda sua sutileza e seu charme dançando em algum teatro. Magnifico!
Depois de um curto intervalo, veio as Bachianas Brasileiras número 8 de H. Villa Lobos, para o Grand Finale. E que Grand Finale! Tinha escutado algumas coisas de Villa Lobos no piano, mas nada tão grandioso assim. E essa composição não contava com o piano, mas de qualquer forma era muito bonita. E tinha um final totalmente esplendoroso. Perfeito pra fechar uma noite perfeita. Calma... Já ia me esquecendo de contar uma coisa. Depois de Villa Lobos, ainda teve mais outro bis. O maestro disse logo após de retornar do intervalo, que depois que acabassem a apresentação, se fossem muito aplaudidos, eles iam mostrar uma surpresa. E foi realmente isso que aconteceu, ainda mais depois de um final tão espetacular como o da composição de Villa Lobos. O público aplaudia insanamente sem mostrar sinais de parar, até que a Orquestra se organiza-se de novo para começar o bis. Mas o bis foi fraquinho, na minha opinião. Foi uma música calma que eu desconheço. Eu esperava algo mais alegre e animado. Mas valeu de qualquer forma. Até porque era dificil alguma coisa estragar essa noite maravilhosa.
Ah, outra coisa. Pra quem ama ou aprecia a música clássica, sabe que cada composição é dividida em movimentos, ou partes que tem pequenos intervalos pra começar a outra. E o correto de aplaudir, é quando é terminada de ser executada toda a composição, ou seja, todas as partes. E isso foi dito pelo Maestro antes do Grand Finale, e ainda teve gente que insistia em bater palmas antes do final da composição. Isso me tirou boas risadas.
Essa acho que foi a quarta vez que fui assistir a Orquestra Sinfônica da Paraiba. E a cada vez que eu vou gosto mais e mais. Eu não costumo ouvir muita música classica em casa. Não é o tipo de música que eu amo. Mas com certeza sou um grande apreciador. E você assistir uma dessas composições sendo tocadas ao vivo, é uma coisa realmente fantástica e emocionante, porque a música clássica ganha uma vivacidade incrível quanto tocada ao vivo, mas ainda do que outra música de qualquer outro estilo.
Acho que todo mundo, até os que não gostam, deveriam assistir a uma apresentação dessas pelo menos uma vez. Porque é uma coisa que valhe a pena. Apesar do teatro daqui, infelizmente ser decadente. Mas de qualquer forma a apresentação da Orquestra daqui é impecável. Os músicos são muito bons. E ainda mais é de graça. Quer coisa melhor? E ainda tem gente que paga 40 reais pra ir no Asa de Águia. Mas gosto não se discute, não é?
E que venha a próxima apresentação da Orquestra Sinfônica da Paraiba no dia 3 de maio! Mas antes, no dia 26 desse mês, tem a apresentação do Quinteto de Uirapuru. Acho devo ir lá conferir :)
Sem vontade e com uma leve falta de inspiração.
Aos meus leitores assiduos:
Estou cheio de textos para postar, mas provavelmente não postarei nenhum. Tenho três contos pra revisar e terminar, inclusive um que comecei hoje. E resenhas de discos. Mas quero postar algo diferente pra ficar variando. Estou com uma boa idéia para um texto, mas não quero tocar nela agora. Falta vontade eu acho. E também, sempre aquele medo de faltar inspiração para terminar o texto, ou achar que ele não vai ficar bom o suficiente. E ainda tenho provas pra estudar. Semana de provas vai começar =/
Mas o dia está só começando e quem sabe eu não mude de idéia :P
Estou cheio de textos para postar, mas provavelmente não postarei nenhum. Tenho três contos pra revisar e terminar, inclusive um que comecei hoje. E resenhas de discos. Mas quero postar algo diferente pra ficar variando. Estou com uma boa idéia para um texto, mas não quero tocar nela agora. Falta vontade eu acho. E também, sempre aquele medo de faltar inspiração para terminar o texto, ou achar que ele não vai ficar bom o suficiente. E ainda tenho provas pra estudar. Semana de provas vai começar =/
Mas o dia está só começando e quem sabe eu não mude de idéia :P
terça-feira, 17 de abril de 2007
A Sereia da Lagoa Moon
Numa pequena cidade chamada Marina, tinha uma lenda sobre uma sereia que habitava uma lagoa chamada Moon. Rezava a lenda que elas seduziam os homens para usá-los como escravos no seu reino submarino. Nas noites de lua cheia ninguém da cidade chegava perto da lagoa, porque era o dia em que a sereia emergia das profundezas das águas. Diziam que ela era tão bela quanto mortal e que ficava deitada numa pedra cantando e admirando a lua, só esperando suas vitímas. E os infortunados que passavam por ali, eram atraidos pelo seu canto e levados embora. Geralmente esses, eram os viajantes que não sabiam da história.
Quando a lua cheia despontava na noite, o melhor local pra vizualizá-la era perto da lagoa. Era uma cena fantástica. Coisa do outro mundo. Parecia que a lua tinha descido dos céus para ficar ao lado da lagoa. E era por isso que ela tinha esse nome. Essas histórias geralmente eram contadas pelos mais velhos, que diziam que quando menores tinham sobrevivido ao canto sedutor da sereia. Até porque, nenhum dos jovens que ouvia a história tinha coragem de se aproximar da lagoa nos dias em que a sereia aparecia. Nenhum deles tinha vontade de virar escravo.
O dia da lua cheia havia chegado novamente. Marcos, um jovem comerciante que morava na cidade de Jirdur, foi incubido pelo seu pai de ir na cidade de Marina, vender umas pedras preciosas que eles tinham encontrado nas montanhas ao sul de Caravin. Eram as mais belas que eles já tinham visto, e com certeza valeriam muito dinheiro. Mas tinham que ser vendidas na cidade de Marina, porque era a cidade das pedras preciosas. E lá elas seriam mais valorizadas e por consequencia valeriam mais.
Marcos não sabia da lenda da sereia e por isso não tomou cuidado para não passar por perto da lagoa. A lagoa ficava perto da entrada da cidade que era bem afastada das casas. E tinha uma placa apontando sua direção. Como Marcos há muito estava sem água, resolveu ir na lagoa abastecer seu cantil.
Antes de chegar na lagoa propriamente dita, ele foi surpreendido pela beleza fantástica da visão da praticamente junção entre a lagoa e a lua que só aquele lugar podia proporcionar. “Como era belo”, ele pensava. Teria ficado por um bom tempo admirando aquela paisagem, mas logo em seguida foi novamente surpreendido. Por algo mais belo ainda. Pelo canto sedutor da sereia.
Começou a andar em direção daquela voz doce, suave e encantadora. Daquele canto em alguma lingua desconhecida, mas ainda sim muito bonita, sem saber que aquela seria a última vez que andaria naquele mundo. Não demorou muito para que ele chegasse as margens da lagoa e visse uma mulher deitada sobre uma pedra com um rabo de peixe. Ele conhecia as lendas sobre sereias, mas não conseguia ficar com medo. Não com aquele canto que trazia calmaria ao seu coração já condenado. “Se aquela paisagem era a bonita, aquela sereia conseguia ser 10 vezes mais”, ele pensava.
Quando chegou as margens da lagoa, ele ficou parado olhando a sereia. Admirando aquela beleza sobrenatural. A sereia que continuava cantando, começou a olhar para ele. Tinha um olhar mistico, penetrante e muito sedutor. Era impossível não se apaixonar. Era isso. Marcos estava apaixonado. Uma paixão que nunca tinha sentido na vida. Mas não era como das outras vezes que seu coração batia enlouquecidamente. Não. Seu coração estava mais calmo que o normal agora. E uma felicidade descomunal começava a inundá-lo. Marcos estava indo para as profundezas das águas, assim como inúmeros outros viajantes que desavidados sobre a lenda da sereia da lagoa Moon, eram seduzidos e levados embora. Seu corpo agora estava totalmente imerso, e ia sendo guiado pelo canto da sereia, que mergulhou na água logo depois de ver sua vitíma entrando na lagoa.
Marcos dava adeus ao seu mundo e aos seus parentes e amigos que tanto amava, e estava prestes a conhecer um outro mundo. Um mundo desconhecido e diferente do seu. Ele não tinha a menor noção do que ia acontecer quando chega-se lá. Mas na verdade, nada disso importava. Porque Marcos nunca tinha se sentido tão feliz em toda sua vida.
FIM
Quando a lua cheia despontava na noite, o melhor local pra vizualizá-la era perto da lagoa. Era uma cena fantástica. Coisa do outro mundo. Parecia que a lua tinha descido dos céus para ficar ao lado da lagoa. E era por isso que ela tinha esse nome. Essas histórias geralmente eram contadas pelos mais velhos, que diziam que quando menores tinham sobrevivido ao canto sedutor da sereia. Até porque, nenhum dos jovens que ouvia a história tinha coragem de se aproximar da lagoa nos dias em que a sereia aparecia. Nenhum deles tinha vontade de virar escravo.
O dia da lua cheia havia chegado novamente. Marcos, um jovem comerciante que morava na cidade de Jirdur, foi incubido pelo seu pai de ir na cidade de Marina, vender umas pedras preciosas que eles tinham encontrado nas montanhas ao sul de Caravin. Eram as mais belas que eles já tinham visto, e com certeza valeriam muito dinheiro. Mas tinham que ser vendidas na cidade de Marina, porque era a cidade das pedras preciosas. E lá elas seriam mais valorizadas e por consequencia valeriam mais.
Marcos não sabia da lenda da sereia e por isso não tomou cuidado para não passar por perto da lagoa. A lagoa ficava perto da entrada da cidade que era bem afastada das casas. E tinha uma placa apontando sua direção. Como Marcos há muito estava sem água, resolveu ir na lagoa abastecer seu cantil.
Antes de chegar na lagoa propriamente dita, ele foi surpreendido pela beleza fantástica da visão da praticamente junção entre a lagoa e a lua que só aquele lugar podia proporcionar. “Como era belo”, ele pensava. Teria ficado por um bom tempo admirando aquela paisagem, mas logo em seguida foi novamente surpreendido. Por algo mais belo ainda. Pelo canto sedutor da sereia.
Começou a andar em direção daquela voz doce, suave e encantadora. Daquele canto em alguma lingua desconhecida, mas ainda sim muito bonita, sem saber que aquela seria a última vez que andaria naquele mundo. Não demorou muito para que ele chegasse as margens da lagoa e visse uma mulher deitada sobre uma pedra com um rabo de peixe. Ele conhecia as lendas sobre sereias, mas não conseguia ficar com medo. Não com aquele canto que trazia calmaria ao seu coração já condenado. “Se aquela paisagem era a bonita, aquela sereia conseguia ser 10 vezes mais”, ele pensava.
Quando chegou as margens da lagoa, ele ficou parado olhando a sereia. Admirando aquela beleza sobrenatural. A sereia que continuava cantando, começou a olhar para ele. Tinha um olhar mistico, penetrante e muito sedutor. Era impossível não se apaixonar. Era isso. Marcos estava apaixonado. Uma paixão que nunca tinha sentido na vida. Mas não era como das outras vezes que seu coração batia enlouquecidamente. Não. Seu coração estava mais calmo que o normal agora. E uma felicidade descomunal começava a inundá-lo. Marcos estava indo para as profundezas das águas, assim como inúmeros outros viajantes que desavidados sobre a lenda da sereia da lagoa Moon, eram seduzidos e levados embora. Seu corpo agora estava totalmente imerso, e ia sendo guiado pelo canto da sereia, que mergulhou na água logo depois de ver sua vitíma entrando na lagoa.
Marcos dava adeus ao seu mundo e aos seus parentes e amigos que tanto amava, e estava prestes a conhecer um outro mundo. Um mundo desconhecido e diferente do seu. Ele não tinha a menor noção do que ia acontecer quando chega-se lá. Mas na verdade, nada disso importava. Porque Marcos nunca tinha se sentido tão feliz em toda sua vida.
FIM
Texto meu publicado no jornal A União da Paraiba
Hoje, foi publicado um texto meu sobre o último volume da Torre Negra no Jornal A União. Um dos mais antigos daqui da Paraiba.
Esse texto já havia sido publicado anteriormente no meu outro blog, Câmara dos Seis.
Quero agradecer ao meu tio Linaldo, que me cedeu esse espaço no jornal. Vlw tio. É sempre importante ter a ajuda e o apoio dos familiares.
Pra quem ainda não conferiu o texto e quiser conferir é só visitar meu outro blog Câmara dos Seis ou ainda ler diretamente do site do Jornal A União
Esse texto já havia sido publicado anteriormente no meu outro blog, Câmara dos Seis.
Quero agradecer ao meu tio Linaldo, que me cedeu esse espaço no jornal. Vlw tio. É sempre importante ter a ajuda e o apoio dos familiares.
Pra quem ainda não conferiu o texto e quiser conferir é só visitar meu outro blog Câmara dos Seis ou ainda ler diretamente do site do Jornal A União
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Neal Morse - It's Not Too Late
Grupo: Neal Morse
Álbum: It's Not Too Late
Ano: 2001
País: Estados Unidos
Gênero: Pop-rock blues
Neal Morse antes mesmo de sair do Spock’s Beard, e de lançar três excelentes álbuns progressivos em sua carreira solo, a saber: Testimony, One e Question Mark, lançou um álbum intitulado de It’s Not Too Late.
Esse álbum serve como uma compilação de musicas que o Neal Morse vem compondo desde 1982 (quando ele nem pensava em formar o Spock’s Beard junto com seu irmão, eu imagino), até o ano de lançamento do álbum que foi em 2001.
O álbum mostra um Neal Morse bem diferente do que se vê não somente no Spock’s Beard, mas também nos seus seguintes álbuns progressivos solo. Um cd que eu diria ser no estilo Neal Morse de fazer música boa. Um pop rock misturado com blues e talvez outros estilos que eu não consigo perceber, trazendo influências da década de 60 até hoje.
It’s Not Too Late, faixa de abertura do cd, é uma musica com uma letra bem positiva. Acho que o nome já entrega, né? E tem como base o piano. No final da musica tem uma Jam entre o Neal Morse e o Nick D’ Virgilio (baterista do Spock’s Beard). A segunda faixa é “Leah” de 1985, uma baladinha com base no piano, muito bonita e comovente, contando a historia de uma garotinha, - que da o titulo da canção - que foi abandonada pela mãe e agora só tem a companhia de um cara e um cachorro. "The Angels Will Remember", é bem no estilo de “Leah”. “So long Goodbye Blues” de 1983, é uma balada meio pop-blues com base no piano e com hammond e trompete. “Ain’t Seen Nothing Like Me” de 1996 é um blues tocado no violão. Um dos melhores que eu já ouvi.
Outra antiga e muito comovente é a “I Am Your Father” de 1982, que conta a historia das dificuldades do relacionamento de um garoto e seu pai que é militar. Talvez a mais triste junto com “The Eyes Of The World (George’s Song)” de 2001. Musica que o Neal Morse fez para um grande amigo seu que morreu. “Broken Homes de 1994” segue o padrão das anteriores, mas é tocada apenas no violão. “Oh Angie” de 1996, é uma musica mais rápida com base na guitarra e com um refrão muito grudento. Tem influencias claras da gloriosa década de 60. Talvez a minha preferida desse cd. Outras que seguem mais ou menos o mesmo padrão de “Oh Angie” são The Change de 1998, talvez a mais pop do cd e “All The Young Girls Cry” e Something Blue de 2000. E por fim The Wind and The Rain, com uma belíssima melodia calma e que fecha o cd com chave de ouro.
Neal Morse como ótimo multi-instrumentista que é, toca guitarra, violão, baixo, piano, hammond, percussão, bateria e ainda canta. Acho que é perda tempo comentar seu desempenho.
Nick D’ Virgilio, baterista do Spock’s Beard como já falado a cima, toca em todas as musicas exceto “I Am Your Father” que é tocada pela antiga banda do Neal Morse. Ele faz um trabalho realmente excelente mesmo pra musicas tão fáceis de serem executadas.
Esse álbum é pra se refletir e pra se alegrar. Esse não é um disco progressivo, muito pelo contrario. É um cd pop daqueles que podiam tocar tranquilamente na radio. Mas é definitivamente o melhor que eu já ouvi. U2, uma das maiores bandas pops da historia, nunca fará algo tão simples e tão maravilhoso quanto esse disco. E se alguém ainda tem duvidas que exista pop de qualidade é porque nunca ouviu esse cd do Neal Morse.
domingo, 15 de abril de 2007
Diário de um vampiro decadente
Estreando a seção de contos do Blog
Dia 27 de janeiro de 2007
Hoje faz 700 anos que eu me tornei vampiro. Lembro-me bem daquela noite sombria e ao mesmo tempo calma e aconchegante, quando Merry, o homem que me transformaria no que eu sou hoje, chegou do meu lado e começou a puxar conversa. Estavamos em um antigo bar da cidade, chamado de O Anjo Negro, visitado só pela escória daquela cidadezinha no interior da Itália. Naquele tempo eu estava passando por uma fase extremamente, como posso dizer, amarga. Minha namorada acabara de morrer de febre amarela. Tão nova. Tão bela. Deus cometerá um pecado ao levara. E eu ia odia-lo pro resto da vida por causa disso.
Eu tinha 21 anos naquela época. Era de uma familia muito rica. E iria me tornar um grande advogado em breve. Mas desde que ela morrera, eu não tinha mais vontade de viver. E por isso era uma vitima que poderia ser facilmente convencida. Ele começou a conversa com assuntos banais. Parece que ele logo notou que eu era um nobre e começou a falar sobre assuntos concernentes ao alto escalão. Esses assuntos já não me importavam mais. Nada me importava mais. Tinha saido de casa há uma semana e tinha ficado num dormitório perto daquele bar. Mas de qualquer modo, eu conversei com ele. Depois de várias horas de conversa e várias garrafas de vinho, ele me chamou para um passeio. No começo estranhei, mas acabei cedendo. Fiquei curioso, pois ele disse que ia me mostrar uma coisa fascinante.
Chegamos na frente do cemitério. Eu estranhei novamente. Ele entrou sem olhar para trás. Sabia que naquele ponto eu não desistiria. Hesitei, mas acabei entrando. Ficamos contemplando por um tempo aquela paisagem mórbida e bela, iluminada pela fraca luz da lua. Mal se conseguia ouvir o barulho da suave brisa fria que invadia aquele local. Então, ele começou a me falar que podia mudar minha vida, que podia me fazer viver novamente. Na verdade essa não era a palavra mais certa para se usar, ja que ele ia me matar de certa forma. Mas enfim... Depois de um belo discurso, dizendo que quando eu fosse transformado, eu esqueceria de tudo, esqueceria da minha vida, esqueceria de Catherine... e de me mostrar seus dentes e seu poder. Sem saber muito o que fazer, acabei aceitando sua proposta. A transformação foi muito dolorosa e o começo da minha “vida” noturna também. Demorei alguns meses até aceitar que os humanos agora eram minhas presas. E nesse meio tempo só comia ratos e outras coisas grotescas e nojentas.
Depois de alguns dias da minha transformação, nos mudamos para França. Passamos uns meses lá e fomos para Espanha. Eu estava ávido para conhecer as maravilhas do velho mundo, apesar de já ter viajado bastante. Mas agora eu olhava o mundo com outros olhos. Com olhos mais atentos e curiosos. E foi lá na Espanha que eu comecei a aceitar que eu tinha me tornado um vampiro.
Comecei a gostar de ser vampiro depois que matei um caçador de vampiros. Giovanni era seu nome. Vivia sempre no meu pé tentando me matar. No começou era divertido, mas acabou que se tornando chato e acabei por mata-lo. Foi doloroso. Muito doloroso. Pra ele é claro. Mas foi muito prazeroso ter feito aquilo. Uma pulga a menos na minha vida.
Pouco tempo depois as guerras entre vampiros e lobisomens começaram. E foi ai que minha fama começou a crescer. Matei mais de 100 lobisomens. E isso era um número absurdamente grande. Mas fui treinado pelo melhor. Por Merry. Logo me tornei um soldado de Elite. Eu era uma maquina de matar. Poucos tinham chance comigo. Cheguei a escapar do fim varias vezes. A guerra durou anos, quase 100 antes da tregua. Quando a tregua foi finalmente assinada, eu já tinha meu próprio império na Itália. Sim, eu voltei a minha terra natal e me tornei principe dos vampiros na cidade de Roma. Todos naquela cidade me temiam. Não só apenas naquela, mas em outras também. Até os principes. Sabiam que eu era poderoso. Sabiam que eu era praticamente invencível. Que eu tinha habilidades que poucos tinham.
Anos se passaram sem guerras, e o meu tédio aumentava. Meu mestre havia sumido. Ninguém de fato sabia seu paradeiro. Uns diziam que ele estava morto. Outros que apenas estava escondido em algum lugar remoto. “Mate e conquiste”. Essas foram suas últimas palavras pouco antes da guerra final contra os lobisomens. Depois disso nunca mais o vi.
A guerra tinha dizimado muito vampiros fortes e velhos. Agora os novos dominavam as terras sem donos, ocupando seus castelos agora vazios. O caos tomava conta de todas as partes da Europa. Continente que sofreu mais perdas de vampiros anciãos. Por muito tempo foi uma terra sem leis. Anarquia total. Muitos se coroavam principes, mas não tinham forças suficientes para manter seu reinado e acabam sendo liquidados e substituidos por outros. E assim foi por muitos anos.
Mais 200 anos se passaram e as guerras recomeçaram. Agora eram contra os humanos. Os bastardos finalmente tinham força para nos combater. As armas de fogo faziam um grande estrago em nós. Principalmente quando usavam prata. E depois ficava fácil decepar nossas cabeças. Mas acabamos vencendo a guerra que durou cerca de alguns meses. Depois disso foram anos tranquilos e tediosos. As guerras agora estavam praticamente extintas. Alguns conflitos aqui e ali. Mas nada que anima-se muito. Eu não tinha mais nada o que fazer. Meu negocio era guerrear. Tentava achar um passatempo mas nada me animava.
Passaram-se mais 300 anos e nada acontecia de muito interessante. Transformei alguns humanos em vampiros ao longo dos anos. Mas todos se tornaram chatos com o tempo. Nenhum estava a altura de ser meu púpilo e acabam morrendo, ou por minhas mãos ou pelas mãos de outros vampiros ou caçadores. Não vou mentir. Eu era muito exigente. Queria alguém melhor do que eu. Precisava de um desafio de verdade. Mas nunca encontrei.
E agora, cá estou, contemplando o fogo de uma lareira de um castelo em Roma, em pleno século 21. Completamente abandonado e esquecido por todos, pois não sirvo mais pra nada, já que não existem mais guerras. O mundo mudou. As pessoas mudaram. Menos eu, conhecido, amado e odiado por muitos pelo nome de Marius. O vampiro assassino sanguinario, hoje em dia decadente e que depois de todos esses anos, de todas as matanças e maldades, nunca conseguiu esquecer o amor por sua doce Catherine.
FIM
Dia 27 de janeiro de 2007
Hoje faz 700 anos que eu me tornei vampiro. Lembro-me bem daquela noite sombria e ao mesmo tempo calma e aconchegante, quando Merry, o homem que me transformaria no que eu sou hoje, chegou do meu lado e começou a puxar conversa. Estavamos em um antigo bar da cidade, chamado de O Anjo Negro, visitado só pela escória daquela cidadezinha no interior da Itália. Naquele tempo eu estava passando por uma fase extremamente, como posso dizer, amarga. Minha namorada acabara de morrer de febre amarela. Tão nova. Tão bela. Deus cometerá um pecado ao levara. E eu ia odia-lo pro resto da vida por causa disso.
Eu tinha 21 anos naquela época. Era de uma familia muito rica. E iria me tornar um grande advogado em breve. Mas desde que ela morrera, eu não tinha mais vontade de viver. E por isso era uma vitima que poderia ser facilmente convencida. Ele começou a conversa com assuntos banais. Parece que ele logo notou que eu era um nobre e começou a falar sobre assuntos concernentes ao alto escalão. Esses assuntos já não me importavam mais. Nada me importava mais. Tinha saido de casa há uma semana e tinha ficado num dormitório perto daquele bar. Mas de qualquer modo, eu conversei com ele. Depois de várias horas de conversa e várias garrafas de vinho, ele me chamou para um passeio. No começo estranhei, mas acabei cedendo. Fiquei curioso, pois ele disse que ia me mostrar uma coisa fascinante.
Chegamos na frente do cemitério. Eu estranhei novamente. Ele entrou sem olhar para trás. Sabia que naquele ponto eu não desistiria. Hesitei, mas acabei entrando. Ficamos contemplando por um tempo aquela paisagem mórbida e bela, iluminada pela fraca luz da lua. Mal se conseguia ouvir o barulho da suave brisa fria que invadia aquele local. Então, ele começou a me falar que podia mudar minha vida, que podia me fazer viver novamente. Na verdade essa não era a palavra mais certa para se usar, ja que ele ia me matar de certa forma. Mas enfim... Depois de um belo discurso, dizendo que quando eu fosse transformado, eu esqueceria de tudo, esqueceria da minha vida, esqueceria de Catherine... e de me mostrar seus dentes e seu poder. Sem saber muito o que fazer, acabei aceitando sua proposta. A transformação foi muito dolorosa e o começo da minha “vida” noturna também. Demorei alguns meses até aceitar que os humanos agora eram minhas presas. E nesse meio tempo só comia ratos e outras coisas grotescas e nojentas.
Depois de alguns dias da minha transformação, nos mudamos para França. Passamos uns meses lá e fomos para Espanha. Eu estava ávido para conhecer as maravilhas do velho mundo, apesar de já ter viajado bastante. Mas agora eu olhava o mundo com outros olhos. Com olhos mais atentos e curiosos. E foi lá na Espanha que eu comecei a aceitar que eu tinha me tornado um vampiro.
Comecei a gostar de ser vampiro depois que matei um caçador de vampiros. Giovanni era seu nome. Vivia sempre no meu pé tentando me matar. No começou era divertido, mas acabou que se tornando chato e acabei por mata-lo. Foi doloroso. Muito doloroso. Pra ele é claro. Mas foi muito prazeroso ter feito aquilo. Uma pulga a menos na minha vida.
Pouco tempo depois as guerras entre vampiros e lobisomens começaram. E foi ai que minha fama começou a crescer. Matei mais de 100 lobisomens. E isso era um número absurdamente grande. Mas fui treinado pelo melhor. Por Merry. Logo me tornei um soldado de Elite. Eu era uma maquina de matar. Poucos tinham chance comigo. Cheguei a escapar do fim varias vezes. A guerra durou anos, quase 100 antes da tregua. Quando a tregua foi finalmente assinada, eu já tinha meu próprio império na Itália. Sim, eu voltei a minha terra natal e me tornei principe dos vampiros na cidade de Roma. Todos naquela cidade me temiam. Não só apenas naquela, mas em outras também. Até os principes. Sabiam que eu era poderoso. Sabiam que eu era praticamente invencível. Que eu tinha habilidades que poucos tinham.
Anos se passaram sem guerras, e o meu tédio aumentava. Meu mestre havia sumido. Ninguém de fato sabia seu paradeiro. Uns diziam que ele estava morto. Outros que apenas estava escondido em algum lugar remoto. “Mate e conquiste”. Essas foram suas últimas palavras pouco antes da guerra final contra os lobisomens. Depois disso nunca mais o vi.
A guerra tinha dizimado muito vampiros fortes e velhos. Agora os novos dominavam as terras sem donos, ocupando seus castelos agora vazios. O caos tomava conta de todas as partes da Europa. Continente que sofreu mais perdas de vampiros anciãos. Por muito tempo foi uma terra sem leis. Anarquia total. Muitos se coroavam principes, mas não tinham forças suficientes para manter seu reinado e acabam sendo liquidados e substituidos por outros. E assim foi por muitos anos.
Mais 200 anos se passaram e as guerras recomeçaram. Agora eram contra os humanos. Os bastardos finalmente tinham força para nos combater. As armas de fogo faziam um grande estrago em nós. Principalmente quando usavam prata. E depois ficava fácil decepar nossas cabeças. Mas acabamos vencendo a guerra que durou cerca de alguns meses. Depois disso foram anos tranquilos e tediosos. As guerras agora estavam praticamente extintas. Alguns conflitos aqui e ali. Mas nada que anima-se muito. Eu não tinha mais nada o que fazer. Meu negocio era guerrear. Tentava achar um passatempo mas nada me animava.
Passaram-se mais 300 anos e nada acontecia de muito interessante. Transformei alguns humanos em vampiros ao longo dos anos. Mas todos se tornaram chatos com o tempo. Nenhum estava a altura de ser meu púpilo e acabam morrendo, ou por minhas mãos ou pelas mãos de outros vampiros ou caçadores. Não vou mentir. Eu era muito exigente. Queria alguém melhor do que eu. Precisava de um desafio de verdade. Mas nunca encontrei.
E agora, cá estou, contemplando o fogo de uma lareira de um castelo em Roma, em pleno século 21. Completamente abandonado e esquecido por todos, pois não sirvo mais pra nada, já que não existem mais guerras. O mundo mudou. As pessoas mudaram. Menos eu, conhecido, amado e odiado por muitos pelo nome de Marius. O vampiro assassino sanguinario, hoje em dia decadente e que depois de todos esses anos, de todas as matanças e maldades, nunca conseguiu esquecer o amor por sua doce Catherine.
FIM
Nãããão, o domingo chegou! O que fazer?
Chegou domingo! Não acredito! Ô diazinho chato esse tal de domingo. O dia da ressaca, da preguiça. Quase nunca, ou nunca tem nada de interessante pra fazer. E agora?
Praia nem pensar! A não ser que seja uma praia tranquila fora da cidade. Porque pisar numa praia da capital num domingo é loucura. Aquele lugar lotado. Cheio de "faroreiro". É melhor o conforto do lar mesmo ou escolher algum outro programa.
Talvez ir ao um cinema. Almoçar fora. Churrasco ou feijoada na casa dos amigos. Pesque e pague. Passear na calcadinha da praia no final do dia. Ir ao "Zoo". Ou talvez comer um açai (ou seria tomar?). Esses com certeza são possiveis programas pra se fazer no domingo.
Mas muitas vezes ou a maioria das vezes, o negócio é ficar em casa mesmo. Mas fazendo o quê? Ninguém aguenta a programação de domingo dos canais abertos. Na globo, o único programa assistivel é o esporte espetacular. E olhe lá! Depois é melhor desligar logo a têvê e pensar em outra coisa pra fazer. Porque aguentar faustão e sua "falação" de sempre, praticamente desde que a têvê existe, não dá.
Entre o programa do Faustão tem os jogos de futebol. Ou melhor, jogos do flamengo. Porque é só o que passa, a não ser que o flamengo já tenha sido desclassificado. Também tem o Fantástico que só piora. No começo era até interessante, mas hoje em dia está quase insuportável. E depois disso é melhor dormir logo, porque depois de assistir tanta inutilidade, é o melhor que podemos fazer.
Nem vou comentar sobre os outros canais, porque quase nunca assisto e não sei dizer sobre a programação. Mas no geral só tem programa ruim. A começar pela manhã, com programas religiosos. Blergh!
A saida é partir pras têvês de assinatura que geralmente tem programas interessantes e muitos filmes. Ou alugar filmes na locadora. Mas se você quiser locar filmes pra assistir no domingo, é bom se preparar logo e locá-los no sábado. Porque o domingo é tão ruim que só tem as sobras. Aqueles filmes que todo mundo já cansou de ver. Ou pra quem não tem têvê a cabo, a solução é ler um bom livro, jogar baralho, dominó ou coisa do tipo ou dormir. Ou ainda, rezar para que esse tal de domingo acabe logo.
Tá bom vai, domingo nem é tão ruim assim. Pelo menos não comparado com a segunda-feira. Mas isso já é outra história.
sexta-feira, 13 de abril de 2007
Supersticiosos, se preparem! Hoje é sexta-feira 13
Hoje é sexta-feira 13. E porque não falar desse dia tão conhecido por todos e temido por muitos.
Segundo o famoso site Wikipedia, essa superstição teve origem no dia 13 de outubro de 1307, obviamente uma sexta-feira, quando Luis Felipe IV da França declarou como ilegal a Ordem dos Témplarios. Assim, todos os membros foram presos, outros torturados, e posteriamente condenados a pena de morte por heresia. Outra versão provém dos cristãos, que afirmam que essa superstição teve origem por causa que Cristo foi crucificado numa sexta-feira e que havia 13 pessoas na mesa na última ceia. Há ainda outras versões que provém da mitológia nórdica, que vou me abster de comentar, por achar que essas duas já são suficientes.
Em suma, a sexta-feira 13 é considerado um dia de azar pelos supersticiosos. Um dia em que acordar com o pé esquerdo, ver um gato preto na rua, ou ainda passar por debaixo de uma escada, pode trazer sérios problemas. Muitas vezes as pessoas são tão superticiosas que chegam ao ponto de nem sairem de casa, para evitarem essas coisas.
Eu como não sou nenhum pouco supersticioso, levo esse dia na brincadeira, e é claro, sempre que posso tiro muito sarro dos meus amigos supersticiosos.
Para os supersticiosos, desejo uma boa sorte para passarem tranquilos por esse dia. E para os demais, que tirem muito sarro dos seus colegas que acreditam nessa crença.
quinta-feira, 12 de abril de 2007
Em boa fase
É... parece que finalmente as coisas estão caminhando para um lado bom. Apesar de eu continuar sozinho e estar fazendo um curso que eu não gosto.
Mas eu me sinto feliz comigo mesmo, como não me sentia há muito tempo. Ainda preciso ajeitar várias coisas na minha vida. Coisas que continuam pendentes e que ainda não tenho vontade de coloca-las em andamento. Mas acho que tudo tem o seu tempo. E com certeza vai ele chegar. E só de estar tendo vontade e inspiração de escrever já é uma ótima coisa. E também de estar gostando do que eu estou escrevendo. Estou menos crítico comigo mesmo.
Ser crítico de si próprio é uma coisa boa, porque nós ajuda a crescer mais e mais. Mas não podemos ser tão rigorosos. Porque por mais que não gostemos tanto no nosso texto, ou simplesmente gostemos, mas achemos que ele não está bom, só porque temos um senso crítico muito alto, sempre tem alguém que vai gostar. Apesar da premissa de fazer alguma coisa é sempre em primeiro lugar lhe satisfazer, para depois satisfazer o seu público. Pelo menos na minha opinião.
Espero que essa fase não apenas continue por um bom tempo, mas melhore a cada dia mais. E acho que deve melhorar muito em breve.
Mas eu me sinto feliz comigo mesmo, como não me sentia há muito tempo. Ainda preciso ajeitar várias coisas na minha vida. Coisas que continuam pendentes e que ainda não tenho vontade de coloca-las em andamento. Mas acho que tudo tem o seu tempo. E com certeza vai ele chegar. E só de estar tendo vontade e inspiração de escrever já é uma ótima coisa. E também de estar gostando do que eu estou escrevendo. Estou menos crítico comigo mesmo.
Ser crítico de si próprio é uma coisa boa, porque nós ajuda a crescer mais e mais. Mas não podemos ser tão rigorosos. Porque por mais que não gostemos tanto no nosso texto, ou simplesmente gostemos, mas achemos que ele não está bom, só porque temos um senso crítico muito alto, sempre tem alguém que vai gostar. Apesar da premissa de fazer alguma coisa é sempre em primeiro lugar lhe satisfazer, para depois satisfazer o seu público. Pelo menos na minha opinião.
Espero que essa fase não apenas continue por um bom tempo, mas melhore a cada dia mais. E acho que deve melhorar muito em breve.
Jane Monheit: Novo cd é um ode a música brasileira
Texto editado e atualizado sexta-feira, dia 13/04/2007
Jane Monheit, uma das musas atuais do pop jazz, está prestes a lançar seu novo cd no dia 24 de abril, que pode ser considerado um ode a musica brasileira.
O titulo do cd se chama Surrender e tem uma coleção de bossas e baladas. Conta com participações brasileiras de Ivan Lins, um dos maiores ídolos da Jane, fazendo um dueto em "Rio de Maio" que é uma composição dele. E Sérgio Mendes, tocando piano em sua própria composição "So Many Stars", que foi gravada no seu último disco com o Brasil 66.
Outras músicas brasileiras são "Caminhos Cruzados" e "Só tinha de ser com você" de de Tom Jobim e ainda "If you went away", versão em inglês de "Preciso aprender a ser só" de Marcos Valle. "Surrender", "Like A Lover", "Moon River", "Overjoyed" e a "Time For Lover" completam o cd que contém 10 faixas.
Se formos ver o cd tem 50% de músicas brasileiras. Isso é surpreendente! A Jane Monheit realmente é apaixonada por nossa música, o que é maravilhoso. Porque dificilmente vemos artistas estrangeiros regravando clássicos da bossa e mpb.
Esse cd tem tudo pra ser ótimo. Ouvi uma parte dele e adorei. Principalmente a "Rio de Maio". A Jane cantando em português é sensacional! Jane Monheit é uma excelente cantora e acho que vai interpretar de forma magistral todas essas canções, assim como já interpretou outras no passado, como "Começar de novo" de Ivan Lins.
No site My Space da Jane Monheit, você já pode ouvir algumas músicas do novo disco.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Introdução
Lá vem eu com mais outro blog. Porque eu fiz? Porque a demanda de textos que eu estou escrevendo está muito grande. Não sei se a empolgação com outro blog, ou outra coisa qualquer, mas estou escrevendo muitos textos ultimamente. Então para não estar postando todo dia e estar tomando o espaço dos outros no "Câmara dos Seis" resolvi criar outro blog só para mim. Vou aguentar ficar postando em dois blogs? Não faço idéia, mas vou trabalhar duro para isso. Se eu quiser ser um bom escritor (e vou ser) eu tenho que estar treinando diariamente. E no mais, eu adoro escrever. Então não terei problemas. Só preciso contar com minha inspiração :)
Sejam bem vindos e comentem por favor :P Essa é a unica coisa que eu peço de vocês. Um simples comentário. Nem que seja só pra dizer que está passando por aqui, ok? Isso é muito importante :)
Sejam bem vindos e comentem por favor :P Essa é a unica coisa que eu peço de vocês. Um simples comentário. Nem que seja só pra dizer que está passando por aqui, ok? Isso é muito importante :)
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